No texto bíblico, Moisés teria levado o povo à terra prometida, mas não a viu. Em IpiráMarcelo Brandão, radialista e advogado, garantiu que daria melhores dias e felicidade ao povo da terra do rio de peixe assim que fosse prefeito. Mas…

O então apresentador falastrão usou a rádio da família durante mais de uma década – hoje é emissora Chapa Branca do Governo que esconde fatos e maquia notícias –, para dizer em alto e bom som que: “tem dinheiro para tudo; não fazem porque são incompetentes; precisam apenas ter vontade, sair do gabinete e colocar o capacete”.


Depois de 1 ano, 2 meses 18 dias, tudo o que dizia o hoje prefeito, não passa de ratificação da incapacidade que tomou conta do governo instável, inconsequente e pusilânime do advogado e radialista, Marcelo Brandão, cercado de pessoas que se submetem aos caprichos de quem perdeu o rumo, a noção das coisas e tenta fazer do ipiraense uma família de “Flintstones”.

Faltam obras, manutenção dos prédios públicos e há esbanjamento do dinheiro desperdiçado com assessorias e consultorias desnecessárias onde se gasta mais de R$ 2 milhões por ano, além de R$ 520 mil com alugueis e, pasmem, em 2017 a receita foi de R$ 128.300.000,00 (cento e vinte e oito milhões e trezentos mil reais) contra R$ 106.000.000,00 (cento e seis milhões), ou seja, 21,03% a mais de um ano para outro com uma inflação de apenas 2,95%. Em resumo, a arrecadação cresceu mais de 7 vezes que a alta de preços.

Choque, a promessa

No início do mandato, aquele que tanto prometeu durante os programas de rádio e disse um dia que “faria o d….o para se eleger (se juntaria até ao demo) garantiu um Choque de Ordem que até agora se resume ao choque semelhante a um terremoto que “destruiu a esperança” popular, inclusive dividindo os “jacus” entre cabisbaixos, insatisfeitos e inconformados.

Apesar de R$ 1.858.333,00 por mês a mais, o “falastrão” e hoje “ caminhado para a consagração demagógica” sequer construiu uma nova escola ou um posto médico e quase todas as ruas estão esburacadas, muitos prédios públicos sucateados, exemplo da Biblioteca Eugênio Gomes, que até cupim tem e quase foi fechada por “ignorância” da secretária de Educação. Na saúde, faltam pessoal, equipamentos e material no hospital, único da cidade (até a alimentação ficou deficiente), na UPA e nos postos de saúde família.

Construção da Biblioteca na Praça São José, obra iniciada em abril de 2017.

Na infraestrutura, todas ou praticamente todas as ruas, tem buracos, seja calçadas ou não, mas há uma placa “choque de ordem” e o serviço demora ao menos três vezes mais que o normal. O dinheiro está em contratados miraculosos para consultores e assessores sem retorno para os munícipes.

A obra da Praça São José, ou do Puxa como era antigamente chamada, está parada há 6 meses, mas a promessa é de terminar em abril, de que ano não se sabe. Para o próximo mês é praticamente impossível. Ali seriam construídos um estacionamento e uma faculdade, obras inviabilizadas pela dimensão da área e aí acabou o interesse empresarial e se iniciou o desprezo pelo erário.

Se não é o pior dos males, sem dúvidas é um dos fatos que envergonham a desgastada gestão.

Outros dois fatos intrigantes. Porque o abandono da Casa dos Estudantes em Salvador, que abriga dezenas de ipiraenses que buscam melhorar condição de vida, e onde, ao menos, dois ex-prefeitos puderem se formar, voltaram para Ipirá e se tornaram gestores respeitados até hoje? Não fosse a casa dos Estudantes dificilmente teriam condição de fazer o curso de nível superior.

Mercado de Artes após o incêndio do dia 22/11/2016.

O Mercado de Artes, na Praça José Leão dos Santos, onde dezenas de famílias, entre eles muitos artistas, principalmente artesãos, ganhavam dignamente a sustentação mensal, e um prédio que se tornou em curto espaço de tempo uma tradição na cidade, está abandonado desde o incêndio até hoje, quase dois anos. Um descaso compreendido apenas por Sigmund Freud, pai da psicanálise que entende as anormalidades da mente humana.

O Centro de Abastecimento, para quem o Moisés de Ipirá, teria solução rápida, imediata e definitiva é um “caos”, retrato de desprezo com os cidadãos. Se chover, é praticamente impossível circular por lá. Não seria assim nas falácias na rádio, no “Conexão Chapada”, que chapou como neve, e hoje não vê, não ouve e parece propositadamente não fala.

E as estradas vicinais, de responsabilidade da Prefeitura? Ah! Essas, nas falas da “administração” estão sempre passando por reparos. Ninguém tem dificuldade de trafegar. Carros, motos e pedestres trafegam livremente porque as “patróls” fazem serviços constantemente.

Ponte da Rua Evangelista Sobrinho, no bairro Novo Horizonte

A ‘obra’ marcante da administração é a recuperação de uma ponte de mais ou menos 3 metros de comprimento na Rua Evangelista Sobrinho, no bairro Novo Horizonte, e levou 6 meses ou mais para conclusão dos serviços, depois de muitos apelos da comunidade e de motoristas e queda de um carro num buraco. O atraso se deu porque durante muitas semanas apenas 2 ou 3 operários trabalham na obra, que seria apenas um reparo reclamado pelos usuários.

Faltam recursos ou vontade? Perceba-se que infelicita o povo!

Não dá senhores leitores para citar todos os graves desmandos de uma gestão desprovida de credibilidade e como dizia sempre sobre os opositores quando gananciava o poder o Sr. Marcelo Brandão, o Moisés de Ipirá, “administração mal amanhada”.

E não é somente a gestão, também quem promete e não cumpre. Não é mera coincidência.

Por Yancey Cerqueira, Radialista DRT/BA 06. Fotos: Reprodução da Internet

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