Sem fazer o programa Papo Reto, programa institucional da prefeitura de Ipirá, há duas semanas, o prefeito Marcelo Brandão voltou ao rádio na manhã dessa terça, 06. Ele participou do programa Conexão Chapada, numa conversa que durou mais de 30 minutos. Falou de algumas coisas, mas não falou dos últimos acontecimentos que foram notícia. Confira abaixo trechos de sua conversa.

“Houve um decréscimo grande de receita nos municípios. Têm municípios hoje que estão na bancarrota completa. Temos segurado na rédea e não temos deixado que isso aconteça aqui em Ipirá, ainda que existam problemas”, disse referindo-se aos reflexos da crise econômica brasileira.

“Não vamos trabalhar com o retrovisor, de forma alguma”, diz o prefeito sem deixar, no entanto, de mencionar as últimas administrações.

Destaca que, “provavelmente este mês”, publicará edital para licitar as atividades do matadouro, iniciativa que já conta com projeto de lei aprovado pela Câmara e aval da Caixa Econômica.

Fala do enfrentamento da seca. “A Embasa, com muita razão, não pode liberar aquilo que precisamos pra o interior, para não prejudicar o abastecimento na sede. Estamos pagando carro-pipa”, explica sobre os limites impostos.

Estradas do município também foi assunto abordado. “Fizemos um projeto, com o secretário de infraestrutura, para atender a toda malha viária por onde passa o transporte escolar. Espero que a gente conclua nesse mês de março”, estima.

O projeto Estradas, que foi ventilado para ter início no ano passado, foi lembrado. “Estamos fazendo planos de iniciar o tão falado e badalado projeto Estradas. Vamos conseguir”. O prefeito diz que quer ouvir as críticas, mas quer ter a certeza de que está fazendo sua parte.

Houve um encontro com o governador, na quinta passada. “Fiz um apelo muito grande a ele, pedi uma série de coisas”, afirmou. Semana passada, em entrevista, o líder do governo na Câmara, Edson Carneiro (Suíta), falou que o governador queria uma parceria/aliança com o prefeito Marcelo Brandão.

“Aquele emparedamento que a oposição quer fazer… não adianta essa pressão. Nós vamos fazer tudo no tempo de Deus, no tempo que é preciso ser feito”. Hoje no governo, o prefeito ressalta que os processos são burocráticos e lentos.

Falou do atendimento do governo a certos pleitos da classe dos professores municipais, a exemplo do enquadramento e reforma de escolas. “Pra o final do governo, toda a rede escolar estará atendida por uma reforma de maior porte”, disse.

A respeito da Casa dos Estudantes, o prefeito diz ter feito uma planilha que gira em torno de R$ 200 mil reais. “Vamos fazer a reforma, oportunamente”. Não falou em data. Em relação ao veto sobre a emenda da Câmara, no valor de R$ 1 milhão, para a reforma, o prefeito acusou ser uma questão eleitoreira, a justificar pelo valor.

Sobre o Mercado de Artes, disse que as notícias são alvissareiras. “Já avançamos 90% do caminho pra ter realizado o sonho de ter a nova praça José Leão dos Santos e o novo Mercado de Artes”. Já são 15 meses desde que o incêndio destruiu parte do Mercado, na noite de 22 de novembro de 2016. O caminho a que se refere o prefeito, ainda é referente ao plano no papel. O prefeito mencionou a obra da praça São José (“Puxa”), mas não falou em data para entrega.

Confirmou o acordo que costurou junto às lideranças políticas pela não realização da micareta, tendo em vista as condições desfavoráveis em virtude da seca. Ano passado, conforme disse, dinheiro retido com companhias telefônicas permitiram a organização da festa.

Em forma de gancho na conversa, emendou que “está dando uma melhorada sensível na Saúde de Ipirá”. As queixas têm sido muito recorrentes a respeito da UPA. O gestor, porém, fala do processo por qual passa a unidade que, segundo ele, desde outubro conta com um aumento na receita, pois hoje é uma unidade avançada. Falou da reforma do hospital, mas não disse quando conclui.

Não houve explicações sobre o real motivo da retirada de materiais do centro médico e do hospital, feita por um caminhão baú na tarde da última quarta, 28. A conversa foi encerrada com o prefeito pedindo à população que avalie seu governo no final.

Por Diogo Souza com imagem: Reprodução