O presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (13) que um ataque está em andamento contra estabelecimentos de armas químicas na Síria, em resposta ao suposto ataque químico do dia 7 de abril. Segundo Trump, o ataque é realizado em conjunto com a França e o Reino Unido.

“Ordenei as forças armadas dos Estados Unidos a lançar ataques precisos em alvos associados com estabelecimentos de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad”, disse Trump em pronunciamento na Casa Branca.

Segundo o presidente, o uso de armas químicas na cidade de Duma foi uma escalada significativa e disse que as ações de Assad são ações “de um monstro”.

“A resposta combinada americana, britânica e francesa responde a essas atrocidades integrará todos os instrumentos do nosso poder nacional: militar, econômico e diplomático”, afirmou.

Trump vinha ameaçando há dias uma resposta ao ataque químico na cidade de Duma. Já no domingo (8), em uma mensagem no Twitter, ele afirmou que Rússia e Irã eram responsáveis por apoiar o “animal” Assad e que haveria um “grande preço” a pagar.

Gás químico em Duma

O ataque em que um gás tóxico teria sido utilizado aconteceu no sábado e deixou dezenas de mortos e feridos. A acusação do suposto ataque químico contra o governo partiu do grupo rebelde sírio Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis.

Duma fica na região de Guta Oriental, onde desde fevereiro o governo sírio promove uma ofensiva para retomar o controle das mãos dos rebeldes. A cidade, que é a maior dessa região, é um dos últimos redutos dos combatentes que lutam contra Assad.

Os governos da Síria e da Rússia insistem em dizer que não houve ataque químico e disseram que estão dispostos a receber e facilitar uma visita segura de investigadores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) para estudar as denúncias.

Primeiro ataque dos EUA

O primeiro – e único até então – ataque direto dos EUA na Síria tinha acontecido há um ano, em 6 de abril de 2017, e também foi uma reação a um ataque químico atribuído ao regime de Bashar Al-Assad, que havia deixado 86 mortos dois dias antes.