No final da manhã desta terça-feira (21), o prefeito de Ipirá, Marcelo Brandão (DEM), publicou em sua rede social uma nota de esclarecimento sobre os mandados compridos pela Polícia Federal em Ipirá, ocorrido na manhã de desta terça-feira (21) (veja aqui).

Segundo o prefeito, a polícia esteve na prefeitura e recolheu “documentos referentes a contratos de transporte escolar das gestões passadas”, e que “a investigação sobre o transporte escolar em Ipirá tomou porte e abrange as últimas administrações até esta data”.


Leia a integra da nota abaixo:

“A exemplo do que aconteceu a alguns meses passados em que a polícia federal esteve em Ipirá recolhendo documentos referentes a contratos de transporte escolar das gestões passadas, quando foi levada vasta documentação , na manhã dessa terça feira , dia 21 de agosto , a polícia federal veio, mas uma vez a Ipirá. Fomos notificados sobre o contrato de transporte escolar entre a prefeitura e a empresa ,que é investigada em outros municípios . Entregamos toda documentação , inclusive o distrato com aquela empresa, uma vez que já não presta serviços a esse município. A investigação sobre o transporte escolar em Ipirá tomou porte e abrange as últimas administrações até esta data , e nós não deixaremos de prestar quaisquer esclarecimentos que nos caiba, inclusive com o fornecimento de toda documentação que nos for solicitada desta e de outras administrações”, disse o prefeito.

 

Operação Offerus

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (21), uma operação contra um esquema criminoso de fraude a licitações no serviço de transporte escolar nas cidades de Alagoinhas, Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado, que ficam na Bahia. A ação visa também o afastamento do cargo de prefeito dos municípios de Pilão Arcado e Ipirá.

São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e nas residências dos envolvidos no esquema. Há também um mandado de prisão preventiva, mas a PF não divulgou qual seria o alvo.

Cerca de 90 policiais federais e 21 auditores participam da operação, que conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU).

Além da fraude a licitações, a operação da PF combate também o superfaturamento, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva e lavagem de ativos envolvendo os contratos do serviço de transporte escolar das seis cidades do interior do estado.

Durante a operação, uma quantia em dinheiro foi apreendida, mas ainda não há detalhes do valor e nem onde foi feita essa apreensão.

Esquema criminoso
Conforme constatado durante as investigações, iniciadas em 2017, as licitações eram direcionadas para beneficiar um grupo de empresas pertencentes ao mesmo empresário.

Esse empresário terceirizava integralmente a execução dos contratos para motoristas locais a preços inferiores, e se apropriava da diferença, que lhe rendia cerca de R$ 300 mil mensais. Parte do valor era utilizado para pagamento de propina aos servidores públicos envolvidos no esquema.

A polícia informou ainda que a Justiça determinou o bloqueio de R$ 38 milhões em valores e bens pertencentes aos investigados. Esse é o valor do superfaturamento e do desvio apurado em auditorias realizadas pela CGU apenas nos municípios de Alagoinhas e Casa Nova. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Por Ipirá Notícias com informações do G1

Siga-nos no Instagram e acompanhe as notícias no Google News – Participe do nosso grupo no WhatsApp