A pedido da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro, o Itamaraty enviou um novo comunicado aos governos de Cuba e da Venezuela desconvidando seus representantes a comparecer na posse presidencial, em 1º de janeiro de 2019.

Os dois países haviam receberam os convites para a cerimônia em novembro. Por meio de um curto texto, o Ministério das Relações Exterior pediu para que seus chanceleres desconsiderassem o comunicado anterior.


Esta é a primeira vez, desde a redemocratização, que um país fica de fora do convite diplomático para participar da posse presidencial no Brasil.

O pedido veio após o futuro ministro Ernesto Araújo negar que o Itamaraty havia convidado Nicolás Maduro para o evento.

Logo depois, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, publicou em seu Twitter que o Brasil havia sim convidado o presidente venezuelano.

Arreaza divulgou imagens de um documento enviado pelo Ministério das Relações Exteriores, em 29 de novembro, que avisa que a embaixada venezuelana em Brasília receberia mais detalhes da cerimônia.

O chanceler venezuelano publicou, ainda, o documento que o governo da Venezuela enviou em resposta ao convite, em 12 de dezembro, no qual afirma que “não assistiria jamais a posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e da entrega a interesses contrários à integração latino-americana e caribenha”.

Neste domingo, o presidente eleito reafirmou em entrevista que nem Nicolás Maduro nem Miguel Diáz-Camel serão convidados, por ambos serem ditadores.

“Ele, Maduro, com certeza não vai receber um convite para a posse. Nem ele, nem o ditador que substituiu Fidel Castro…. Fidel Castro, não, Raúl Castro”, disse.

Ao ser questionado sobre as razões, o presidente respondeu: “Porque é ditadura, não podemos admitir ditadura. O povo lá não tem liberdade.”

Bolsonaro disse ainda que os cubanos que integravam o programa Mais Médicos “foram embora (…) porque sabiam que eu ia descobrir que grande parte deles, ou parte deles, era de agentes e militares, e não podíamos admitir o trabalho escravo aqui no Brasil com a máscara de trabalho humanitário voltado para pobres”.

Mais tarde, o presidente eleito voltou a falar sobre o assunto em suas redes sociais reforçando o posicionamento de seu governo.

Fonte: Exame

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