O município de Ipirá, localizado no território da Bacia do Jacuípe no centro norte baiano, completa neste sábado (20), 164 anos de emancipação política.

O CN foi em busca de um resumo histórico através do Wikipédia, onde narra um pouco da sua trajetória. Acompanhe abaixo.

De acordo com o livro “A Saga do Camisão Rumo a Ipirá”, de Dilemar Costa, o primeiro rancheiro da atual Ipirá foi o português Valério Pereira de Azevedo, que recebeu as terras do Rei de Portugal, em meados do século XVII. Conhecido como o “Homem do Camisão”, por trajar camisolões semelhantes a chambres, de algodão rústico, derivou de suas roupas o topônimo “Camisão” para o rancho, que se tornaria depois “Fazenda” e em seguida, “Povoado do Camisão”. Porém não há nenhuma fonte documental que comprove tais afirmações.

A história registra frequentes embates entre índios e colonizadores, desde Tapuias e Tupis originalmente residentes até índios Paiaiás, estes, relacionados a quilombolas fugitivos da zona canavieira. Eram exterminados a mando dos governadores do Estado, por ‘sertanistas'(ou jagunços)pagos por ocasião de invasões e confrontos dos índios pela posse da Fazenda Camisão.

Em 1753 foi instituída a ‘Freguesia de Sant’Ana do Camisão’, constituída também pelas localidades Nossa Senhora do Rosário do Orobó e a de Nossa Senhora Das Dores do Monte Alegre. No século seguinte, em 1855, pela Resolução Provincial n° 520, de 20 de abril de 1855, com o topônimo de Santana do Camisão, em homenagem a sua antiga referência, passando à categoria de Vila, por congregar mais outras freguesias como as de Baixa Grande, Mundo Novo, Gavião e Serra Preta. Nessa ocasião foi desmembrada da Comarca de Feira de Santana e integrada à de Cachoeira, perdendo também algumas das suas localidades associadas que foram emancipadas à condição de Freguesia, como Serra Preta, Nossa Senhora do Rosário do Orobó e Monte Alegre.

Ipirá foi “Povoado do Camisão”, “Freguesia de Sant’Ana do Camisão”, “Vila de Sant’Ana do Camisão” até 20 de julho de 1931 – pelo Decreto n° 7.521, de 20 de julho de 1931, passando a chamar-se Ipirá, nome de origem indígena cujo significado é “Y” (rio) e “Pira” (peixe) – “Rio de Peixe”, em referência ao rio piscoso que corta o município.

“A ocupação de Ipirá começou no mesmo contexto dos demais municípios situados próximos ao Rio Paraguaçu, pois o mesmo era a principal fonte de ligação entre o recôncavo, a capital e o interior do Estado” _ Aspectos Históricos e Geográficos de Ipirá , Secretaria Municipal de Ipirá, 2012.

Economia
O município destacou-se, no passado, pela bacia leiteira. Atualmente é conhecido pelos produtos em couro, sediando diversas fábricas que atendem o mercado brasileiro e exportam carteiras, cintos, bolsas. Conta ainda com uma fábrica de calçados que emprega mais de 2.000 pessoas. Atualmente a cidade é mantida preponderantemente pelo comércio varejista.

Clima
Varia de 18 a 36 graus Celsius, com média em 26. Seu clima é semiárido, chuvas de fevereiro a abril e pluviosidade de 754 milímetros[7].

Filhos Ilustres
Carlos Alberto Dultra Cintra, ex-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira.

Raimundo Sodré é um cantor e compositor brasileiro, considerado um dos músicos mais importante da Bahia. Tornou-se conhecido nacionalmente através do festival da globo de 1980 com a música “A massa”, que posteriormente na década de 1990 foi regravada por Elba Ramalho.

Henrique Lima Santos, eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático – PSD, 1959-1963 e deputado federal, 1963-1967, pelo PSD.

Por Caboronga Notícias com informações do Wikipédia