A sócia-proprietária do restaurante que foi vítima de um assalto no último domingo (09), na Praia do Flamengo, contou ao BNews os momentos de terror que passou durante o crime. A empresária, que não quis se identificar, disse que estava no caixa, por volta das 19h10, junto a uma funcionária quando percebeu a aproximação do ladrão, que estava com a mão dentro de uma mochila, à frente de seu corpo: “ali eu identifiquei que ia ser assaltada”, disse ela.

“Ele entrou bem nervoso, muito nervoso, com a mão dentro de uma mochila preta. Ali eu identifiquei que ia ser assaltada. Nessa hora coloquei a minha funcionária para trás e tomei a frente. Ele fechou a porta de correr do nosso estabelecimento e deu voz de assalto, ameaçando, que era passar todos nossos pertences, que ele queria o celular. Eu estava com o meu celular na mão e entreguei”, relatou a empresária.


Ainda durante a entrevista, ela contou os demais detalhes do assalto: “Ele ficou muito vidrado no meu relógio; eu entreguei também, e ele ficou pedindo aliança, mas eu não uso aliança, por isso entreguei um anel de ouro que estava usando. Depois pediu o dinheiro do caixa, que tinha R$ 52 e eu entreguei também (…) Foi então que ele começou a afirmar que ia pipocar a gente se reagíssemos ou se alguém entrasse no estabelecimento”.

A vítima disse que em nenhum momento o assaltante teria exibido a arma, assim como aconteceu no restaurante japonês onde ele também teria roubado no dia anterior.  “Eu estava encurralada, dentro da parte do caixa, eu não ia esperar para ver o que ele tinha na mão para reagir ou não. Com calma, passei tudo que ele pediu. Depois ele mandou abaixar e não olhar para ele. Sempre agressivo, dizendo a todo momento que iria nos matar, que ele ia atirar”, contou a mulher.

Os momentos finais, que antecederam a prisão, foram os mais tensos, segundo relatou a empresária. “De onde a gente estava, abaixada, dava para ver, pelo reflexo do freezer, a porta. Foi quando ele abriu e percebi que ele viu alguma movimentação lá fora e retornou. Quando ele retornou para perto de mim eu pensei assim: ‘Meu Deus, eu vou morrer aqui’. Estendi o braço como uma reação de defesa e só fiz rezar. Minha vida passou rápido na minha cabeça. Eu fechei o olho e só abri quando ouvi um barulho, como se ele realmente estivesse indo para fora. Foi aí que a gente se levantou e viu que tinham vários populares imobilizando ele. Não sei de onde eles saíram, mas foi aí que a gente pôde recuperar os pertences e deu para ver que tinha mais coisas roubadas na mochila dele”, finalizou a vítima.

Após o crime e a imobilização, prepostos da Polícia Militar foram acionados, deram voz de prisão e o levaram para a Central de Flagrantes, nos Barris, onde foi registrada a ocorrência. Na manhã desta terça-feira (11), o acusado, identificado como Hebert Santana Paixão dos Santos, passará por uma nova audiência de custódia onde um juiz decidirá se ele seguirá preso ou responderá em liberdade. Vale lembrar que o suspeito já respondia pelo mesmo crime já estava em liberdade condicional desde o mês passado.

Fonte: Bnews

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