O inquérito que apura o assassinato do empresário Marcos Marinho, morto a tiros em um restaurante de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, foi concluído na última sexta-feira (5). Segundo a Polícia Civil, o mandante do crime ainda não foi preso e os executores são procurados na cidade. Eles não tiveram os nomes revelados.

Marcos Marinho foi morto no dia 12 de março, na Avenida Fraga Maia. As câmeras de segurança do restaurante onde ele estava flagram o momento em que homens armados passaram de carro e atiraram contra a vítima. 

Em entrevista ao repórter Aldo Matos do Programa Nas Ruas e Na Polícia, da Rádio Sociedade News FM, o delegado informou que mesmo com o inquérito concluído, as investigações ainda seguem no sentido de identificar os outros participantes do crime.

“Tivemos que antecipar a conclusão parcial dessas investigações e consequente remessa deste inquérito para o Ministério Público em razão da prisão antecipada de um dos investigados, e na data de sexta-feira passada foi feita esta remessa para apreciação do poder judiciário e da denúncia do mandante deste crime. As investigações seguem em andamento com a identificação dos executores, os indivíduos que de fato se encontravam naquele veículo no dia do crime, existem indícios de investigação desse suspeito no qual já foi interrogado que se reservou no seu direito de ficar em silêncio e todas essas diligências foram antecipadas em razão da prisão prematura do investigado. Mas a Polícia Civil vai continuar nas investigações, apesar do inquérito já ter sido remetido com o indiciamento do seu mandante, existem provas suficientes do envolvimento do mesmo da presença no dia do crime, inclusive na posse do veículo utilizado no crime, então o inquérito segue agora para a Justiça e as diligências que seriam ainda realizadas, vão ser realizadas no sentido de identificar os demais envolvidos”, explicou.

Segundo o delegado, a motivação do crime pode ter relação com vingança e um atentado na casa do cunhado de Marcos Marinho na cidade de Ipirá.

“Existe uma motivação já delineada, existe uma grande possibilidade de ser um crime de vingança por motivação passional, este crime inclusive tem uma relação com o atentado praticado na casa do cunhado da vítima lá na cidade de Ipirá no ano passado, e possivelmente com a morte de um suplente de vereador também naquela cidade. Então estes crimes estariam interligados tendo o mesmo mandante envolvido nestes crimes. Foi uma investigação muito complexa, dependeu basicamente do esforço das equipes no sentido de coletar imagens em toda a cidade, a rota de fuga utilizada pelos indivíduos, inclusive conseguimos flagrar o veículo utilizado no crime três dias antes em um local onde foi se reunir não só o mandante, como os executores. Essa filmagem flagrada do veículo utilizado foi em uma oficina deste indivíduo que foi preso temporariamente, posteriormente liberado, então a polícia vai trabalhar até dar continuidade com essas investigações para provar o envolvimento de todos neste delito”, finalizou.

Um dos suspeitos de envolvimento no crime é um comerciante de 37 anos. Ele foi preso no dia 28 de abril, no bairro da Queimadinha, e o envolvimento dele no crime não foi detalhado pela polícia. Na última sexta-feira (5), ele foi liberado após audiência de custódia.

Segundo informações apuradas pela TV Subaé, afiliada da TV Bahia em Feira de Santana, a polícia conseguiu imagens do veículo utilizado pelos suspeitos três dias antes do crime. As imagens mostram os mandantes e os executores reunidos em um estabelecimento comercial.

Relembre o caso

Marcos tinha 39 anos era dono de uma empresa de consultoria de negócios e era bastante ativo nas redes sociais. No dia do crime, ele almoçava com a esposa em um restaurante que tinha uma área externa.

Ele foi morto a tiros por homens que passaram na via em um carro. Apesar dos diversos disparos, apenas Marcos foi baleado.

Ao ouvirem os tiros, funcionários e clientes do restaurante fugiram do local. Marcos foi atingido na cabeça, tórax e abdome, com disparos de pistola e calibre 12.

O delegado que investiga o caso contou que a vítima portava uma arma, que estava dentro de uma mochila, no momento do crime.

A arma tinha registro da PF no nome dele, porém a polícia investiga o motivo dele estar com a pistola na mochila, já que a autorização que tinha era apenas para o uso dentro da casa onde morava ou no próprio comércio.

Fonte: G1