Ontem (27/02), os estudantes universitários de Ipirá (BA), que fazem uso do Transporte escolar, de responsabilidade da prefeitura do município, para frequentarem universidades em Feira de Santana (FSA), no turno noturno, protestaram e fizeram barulho contra o descaso como foi tratado a falta de um dos ônibus que compõem o transporte escolar.


Os ônibus do Transporte Universitário, que tem como ponto de partida a praça Roberto Cintra, possuem saída as 16:30hs. Em torno das 17 horas, com o atraso, verificou-se que um dos ônibus não se fazia presente ao local. Procurando informações, os estudantes foram informados, que um dos ônibus que faz o transporte encontrava-se quebrado, e que no pátio da prefeitura possuía ônibus de reserva, mas o veiculo só poderia ser usado com autorização da Secretária da Educação, ou do Prefeito.

Ainda segundo informações, a Secretária da Educação, que poderia solicitar a substituição do veículo quebrado, ‘lavou as mãos’ e disse que não seria responsável pela liberação do veículo. Daí em diante todas as informações era sempre uma: “Para que outro veículo seja usado será necessário autorização, preferencialmente feito pela Secretária da Educação do município, fora isso, outro ônibus não será usado”.

Estudantes dirigem-se para a prefeitura

Sem outras informações que pudessem solucionar o problema, os estudantes ficaram estarrecidos. Com o descaso, acharam-se abandonados.

Em uma rápida reunião, no meio da rua, os estudantes chegaram ao consenso que ou sairia todos os ônibus juntos, ou nenhum ônibus faria viagem para FSA. Tal resolução, seria uma questão de solidariedade. Com a falta de um dos veículos, um trecho do percurso em FSA não seria feito, e muitos estudantes seriam prejudicados, pois geralmente no ensino superior, sempre há trabalhos que precisam serem entregues ou apresentados, ficando claro que os estudantes universitários só devem sacrificar aula em casos de doenças, onde podem apresentar atestado médico.

“Estamos abandonados à própria sorte, como ‘cão sem dono”, disse um dos estudantes. Informados que a Secretária da Educação não se encontrava na Coordenadoria, a única solução encontrada por parte dos alunos foi dirigirem-se para a prefeitura, para tentar sensibilizar o prefeito, para que o mesmo mandasse liberar o ônibus, disponível no pátio da prefeitura.

Estudantes no pátio da Câmara Municipal

Chegando a prefeitura, já por volta das 18 horas, os estudantes foram informados que o prefeito Marcelo Brandão não se fazia presente. Daí, notou-se que o presidente da câmara Divanilson Mascarenhas, e também o vereador Suita (representante do governo na Câmara), encontravam-se no local. Sem outra alternativa, alguns estudantes acharam que deveriam impedir que os veículos destes vereadores pudessem deixar o pátio da Câmara.

Notando o caminho turbulento que o episódio poderia tomar, a reportagem conversou com os vereadores Divanilson e Suita. Prontamente, de imediato, sem colocarem dificuldades, os vereadores citados, colocaram-se totalmente a disposição para que o problema fosse solucionado.

Vereadores Divanilson e Suita autorizam o uso de ônibus reserva

Daivanilson e Suita autorizaram o uso do ônibus que encontrava-se no pátio. Segundo eles, autorizaram e assumiram a decisão, inclusive até mesmo com despesas extra que pudessem surgir. “Assumimos a responsabilidade pela liberação do transporte, conversaremos com o prefeito e temos certeza que o mesmo não será contra a nossa decisão”, disseram os vereadores citados.

Resultado: todos ou estudante viajaram, com exceção de alguns que pelo avançar das horas desistiram da viagem. Chegando em FSA já atrasados, a maioria dos estudantes que fizeram uso do transporte perderam a primeira aula.

“Esperamos que da próxima vez que isto acontecer, este tal telefonema seja dado, e que tantas situações, a exemplo do que aconteceu hoje sejam evitadas. É sonhar alto, mas seria bom se algum filho da Secretária, ou mesmo do Prefeito fizesse uso deste transporte, pois, assim, acho que tal episodio, tão fácil de resolver, certamente não aconteceria”, disse um dos estudantes, que preferiu não se identificar.

Por Orlando Santiago Mascarenhas
www.ipiranegocios. com.br

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