Com uma semana que chegou a Feira de Santana, um grupo de venezuelanos, composto por duas mulheres e cinco crianças, incluindo duas de colo, está nas sinaleiras da cidade com um cartaz pedindo dinheiro para comprar comida. Ao Acorda Cidade, as mulheres informaram que estão morando no bairro Mangabeira. Elas não falam português, mas através do cartaz estão conseguindo dinheiro para se manter na cidade.

O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Pablo Roberto, informou que o órgão já fez tudo que está ao alcance para atender da melhor forma essa questão dos venezuelanos, mesmo reconhecendo a ilegalidade deles no país e mesmo tendo inúmeras limitações no que diz respeito ao atendimento. No início do mês de fevereiro um grupo com cerca de 15 venezuelanos já tinha chegado em Feira de Santana.

“Já viabilizamos o local para eles se abrigarem, já viabilizamos alimentação e estamos constantemente orientando e acompanhando para que essas pessoas não continuem expondo as crianças às condições de vulnerabilidade em que eles estão. Agora vamos ter que tomar uma atitude um pouco mais severa que é acionar os mecanismos de Polícia Federal e embaixada no país para que possa nos auxiliar”, informou em entrevista ao Acorda Cidade.

Segundo Pablo, alguns venezuelanos, inicialmente não aceitaram o abrigo que a prefeitura ofereceu. Ele informa que mesmo com os benefícios oferecidos, os próprios venezuelanos informam as equipes da secretaria que preferem continuar na condição de pedinte, já que assim conseguem mais dinheiro.

“Eles mesmos relatam que é mais rentável. Eles conseguem cerca de 200, 300 reais em uma hora e por isso eles preferem ficar na condição de pedinte do que organizar a vida aqui na cidade. Eles alegam que Feira de Santana é uma praça muito boa e isso significa que eles conseguem muito dinheiro pedindo na rua. Hoje a tarde temos uma reunião com nossa equipe, já acionamos a Polícia Federal, vamos entrar em contato com a associação que cuida dessa situação dos refugiados da Venezuela aqui no Brasil e vamos tratar com a embaixada pedindo auxílio, pois não podemos ficar nessa situação”, destacou.

Pablo informou ainda que inicialmente chegaram em Feira de Santana cerca de 30 venezuelanos. Na semana passada chegou mais um grupo com cerca de oito pessoas.

Fonte: Acorda Cidade