Em meio a estação mais quente do ano, os moradores do distrito de Maria Quitéria em Feira de Santana estão sofrendo com a falta de água. Na manhã desta terça-feira (12), eles informaram à reportagem do Acorda Cidade que a última vez que a localidade teve água nas torneiras foi antes do Natal.

De acordo com a dona de casa Iracema Brasileiro Silva, é preciso levantar na madrugada para verificar se já tem água nas cisternas.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Como todos podem ver essa é nossa situação, quando a água cai é de madrugada, aí a gente separa cinco, seis litros de água e isto está se prolongando de dias, desde o Natal que estamos sem água e é sempre assim. O recibo chega antecipado, já vai vencer no final do mês, mas não tem onde pegar água”, explicou.

Seja pela higiene pessoal, ou pela higiene residencial, os moradores do distrito precisam aguardar por horas até que possam encher os baldes pela água fraca que cai nas torneiras. De acordo com outra moradora, Luciana Boaventura, às vezes é necessário aguardar por até duas horas para coletar a água.

“A gente acorda três da manhã para ficar aguardando a água fininha enchendo o balde que leva de uma até duas horas e não sobe para o tanque. Desde o Natal estamos assim, a gente fica sem água para fazer um café, lavar uma xícara, um prato, tem gente comprando túnel de água para usar. A gente liga para a Embasa, mas dizem que não tem nenhuma reclamação registrada, só naquele momento que estamos ligando”, disse.

Para Fabiano Pereira, ultimamente o banho está sendo de “gato”, pois não há nenhuma solução desde o período do Natal.

“A situação aqui está terrível desde o Natal. O recibo chegando caro e nada de água, nem para cozinhar, tomar banho, temos que ficar comprando. Aí lava os pés e pronto, dizer que está bom para dormir, é um banho de gato. A gente liga para a Embasa, mas não tem solução nenhuma, o recibo só chegando caro, aviso de corte e nada de água, e estamos anotando os protocolos das chamadas que o pessoal está fazendo”, finalizou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade