Uma empregadora foi condenada  pela Justiça do Trabalho após manter empregada doméstica por 35 anos sem salário em Santo Antônio de Jesus, na Bahia, conforme apuração do G1.

Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), além da condenação a mulher deverá pagar a vítima R$ 170 mil por danos morais e direitos trabalhistas. A mulher também deve reconhecer o vínculo empregatício e os valores referentes ao INSS e FGTS pelo mais de 30 anos de serviços.

Bahia registrou 21 casos de trabalho escravo em 2019, diz MPT — Foto: Divulgação/MPT

O regime análogo à escravidão em que a doméstica era mantida foi descoberto por meio de denúncias anônimas, segundo o MPT. Ao fiscalizar o local em que a mulher era explorada, o órgão identificou que o trabalho era realizado sem remuneração.

A doméstica relatou que em troca do trabalho recebia moradia, alimentação e roupas. Pro ter laços afetivos com a família no local não quis ser resgatada.

Desde 2003, a Bahia foi o quinto estado com maior número de pessoas resgatadas em condições de escravidão. Ainda segundo o MPT, a agropecuária lidera o ranking dos setores em que os trabalhadores foram resgatados, com 2.500, nas últimas duas décadas.

Fonte: Istoé