Um motorista de transporte por aplicativo se recusou a transportar uma passageira na tarde do último sábado (7), em Belém. A alegação: a moça era petista. A situação foi relatada pela cliente e viralizou nas redes sociais. Desde então, a jovem conta estar recendo diversas mensagens de ódio.

A passageira Amanda Lorêdo, 24 anos, trabalha como assessora legislativa da vereadora Lívia Duarte, do PSol. Ela conta que tinha ido a um ato da pré-candidatura de Lula na sede do Diretório Estadual do PT Pará.


Em seguida, foi para o bairro da Cidade Velha, almoçar cm amigos. De lá, ela pediu a corrida pelo Uber, por volta de 16h. O motorista chegou ao local solicitado, mas passou direto.

Amanda vestia uma camiseta vermelha lisa e um short jeans, mas alega que estava ao lado de amigos com acessórios de símbolos do PT. “O motorista enviou a mensagem dizendo que não levava petistas. Eu pedi, então, que ele cancelasse a corrida, já que não iria me levar. Temendo que acontecesse algo mais grave, fui de carona para casa”, relata.

Haters e ameaças

A jovem, que também é advogada, conta que esta foi a primeira vez que sofreu esse tipo de hostilidade por questões políticas.

“Me senti, num primeiro momento, bastante ultrajada com a clara discriminação por parte do motorista, mas depois interpretei como um livramento, pois pensei bastante no que poderia ter acontecido se eu tivesse entrado sozinha no carro”, diz.

Desde que o caso viralizou na internet, Amanda tem recebido mensagens de apoio, mas também muitas manifestações de ódio.

“Tenho me sentido bastante insegura por conta dos ataques nas redes sociais, tendo em vista a proporção que o caso tomou”.

O caso foi reportado ao aplicativo Uber, que respondeu a denúncia de Amanda dizendo que “lamenta a falta de cordialidade” por parte do motorista, e que o aplicativo irá “tomar as medidas necessárias para que isso não volte a acontecer”.

Fonte: G1

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