A prefeita de Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, Marlene Fátima Revers (Pros), teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores por gastos excessivos na compra de bolos e salgados.

O parecer pela cassação do mandato da prefeita Marlene Revers, de Quedas do Iguaçu, teve nove votos a favor e um contra — Foto: Facebook/Reprodução


A decisão foi tomada durante a sessão extraordinária para a análise do parecer da Comissão Processante, realizada na terça-feira (6), e que durou mais de dez horas. Foram nove votos a favor da cassação e um contra.

Segundo a comissão, entre setembro de 2017 e novembro de 2018 foram gastos R$ 95 mil com a compra de quase 6,5 toneladas de bolo e mais de 36 mil salgadinhos para reuniões do Conselho Municipal de Assistência Social.

Ao votarem pela cassação, os vereadores entenderam que a prefeita cometeu crimes político-administrativos: omissão e negligência na defesa de bens e interesses do município e proceder de modo incompatível com a dignidade e decoro do cargo.

A Câmara marcou para esta quinta-feira (8) às 14h a posse do vice-prefeito Anelso Ubialli (PSB) como novo prefeito de Quedas do Iguaçu. A defesa de Marlene disse, no entanto, que ela não vai deixar o cargo e que o impasse será levado para a Justiça.

A sessão

Antes da leitura do processo de cerca de 2 mil páginas, três vereadores deixaram a sessão alegando irregularidades no processo de investigação.

A prefeita e o advogado dela não compareceram. De acordo com a defesa, eles não foram intimados em tempo hábil para a sessão.

Para que a votação pudesse continuar, o presidente da Câmara nomeou um advogado substituto.

Outro lado

O advogado da prefeita afirmou que considera a sessão ilegal pois viola o regimento jurídico de cassação de prefeito já que nem a defesa e nem a prefeita foram intimados dentro do prazo legal.

Desde o início das investigações a defesa da prefeita vinha afirmando que as 6,5 toneladas de bolo foram consumidos em dois anos em ações de programas sociais e eventos da Secretaria de Ação Social.

A defesa destacou ainda que no total de notas de R$ 270 mil inicialmente incluídas no processo há compras de utensílios de cozinha e que apenas os bolos e salgadinhos custaram R$ 95 mil.

Por G1

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