Os servidores municipais de Jequié, no sudoeste da Bahia, realizaram um velório simbólico do prefeito e dos vereadores da cidade, em protesto pelo atraso e parcelamento do 13º salário.

A manifestação foi realizada na noite da quinta-feira (26) e contou com a participação de dezenas de trabalhadores. Com caixão e velas nas mãos, os manifestantes se concentraram na frente do prédio da prefeitura.


Os trabalhadores contam que o 13º salário já deveria ter sido pago, e pedem o pagamento imediato do dinheiro, sem parcelamento.

Na manhã desta sexta (27), o grupo se reuniu novamente. Com faixas, cartazes e o caixão usado na quinta-feira, os trabalhadores percorreram as ruas do centro do município, em cortejo. Alguns servidores chegaram a usar narizes de palhaço no protesto.

Esta foi a terceira manifestação organizada pela categoria no município. Na última sexta-feira (20), eles fizeram uma caminhada na cidade.

Em nota, a Prefeitura de Jequié alegou dificuldades econômicas e atribuiu o atraso no pagamento à crise financeira.

Segundo o comunicado, todos os servidores receberão cerca de 60% do dinheiro no dia 30 de dezembro, e os outros 40% serão pagos no dia 28 de janeiro de 2020.

Veja nota da prefeitura na íntegra

“A Prefeitura de Jequié, através da Secretaria da Fazenda, já informou que, em face que da grave crise financeira que assola o país e os municípios brasileiros, a gestão municipal teve de fazer o agendamento para pagamento do décimo terceiro salário. Não se trata da negativa de pagamento e sim de um agendamento para pagamento, dentro da atual realidade financeira enfrentada pela Prefeitura de Jequié. A escolha do dia 30 de dezembro para pagamento parcial do décimo terceiro salário, e dia 28 de janeiro próximo para quitação total do mesmo, foge completamente dos interesses da administração municipal e reflete a realidade que vivem outros municípios brasileiros, em razão das dificuldades econômicas atuais.

Mesmo diante das dificuldades, a Prefeitura de Jequié vem mantendo ativos todos os serviços à população, com todos os seus equipamentos públicos funcionando plenamente: saúde, transportes da Educação, serviços públicos, infraestrutura, com dezenas de obras sendo tocadas e diversas frentes de serviço, além do setor da assistência social, entre outros, contando com o trabalho de 2.948 (dois mil, novecentos e quarenta e oito) servidores, entre efetivos e concursados REDA, que perfazem um gasto total de R$ 16 milhões/mês.

A administração municipal entende que, como vivemos numa democracia, as manifestações dos servidores, resguardadas o respeito às pessoas e as instituições, fazem parte dos atos democráticos e, como tais, devem ser entendidas e respeitadas, de acordo com premissa da manutenção da ordem pública”.

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