A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (23) mandados de busca contra empresários bolsonaristas que em um grupo de mensagens defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais marcadas para o início de outubro. As informações são da Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, as buscas foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


A ação da PF tem como alvos: Luciano Hang (Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), José Koury (Barra World Shopping), Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Ivan Wrobel (Construtora W3) e Marco Aurélio Raimundo (Mormai).

As mensagens em tom golpistas foram reveladas inicialmente pelo portal “Metrópoles” e mostram diálogos anti-democráticos em caso de vitória de Lula, candidato que lidera as pesquisas de intenção.

Segundo a “Globonews”, os mandados são cumpridos em cinco estados diferentes: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Na última quinta-feira (18), Bolsonaro se irritou ao ser questionado sobre o teor anti-democrático das mensagens de empresários que são seus apoiadores. O presidente chegou a chamar de ‘fake news’ a notícia de que empresários estariam defendendo um golpe. O Yahoo! checou a fala do presidente e concluiu que fala de Bolsonaro é enganosa.

Outras medidas determinadas

Além das buscas realizadas em endereços ligados aos empresários, Moraes determinou, segundo a Globonews, determinou também outra série de ações:

  • bloqueio das contas bancárias dos empresários;
  • bloqueio das contas de redes sociais dos empresários;
  • quebra de sigilo bancário dos empresários
  • tomada de depoimentos;

Pedido de prisão de empresários

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) solicitou a prisão dos empresários na última quarta-feira (17). O parlamentar acionou STF para que a Polícia Federal e o Ministério Público atuem contra o grupo “Empresários e Política”.

Entre as medidas solicitadas, estavam a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva.

A petição de Randolfe foi enviada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, chamado pelos empresários de “skinhead do PCC”.

Fonte: Yahoo

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