O Sindicado Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal) lançou uma nota repudiando uma fala do presidente Jair Bolsonaro, durante entrevista ao Jornal Nacional, dizendo ter criado o sistema de pagamentos instantâneo Pix. A organização de funcionários disse que é contra o “uso político” da solução de pagamentos e também falou sobre a possibilidade de greve.

O comunicado ressalta que o desenvolvimento do Pix durou anos e começou oficialmente com uma portaria de maio de 2018, antes do governo atual. Segundo os servidores, a gestão atual ainda teria imposto “muitos obstáculos, tanto contra a implementação do Pix pelo BC quanto contra outros projetos da autarquia.”


A nota emitida pelo Sinal também diz que repudia o uso do Banco Central como munição política, alegando que isso já não é uma novidade. “Tal sistema de pagamento instantâneo foi criado e implementado pelos Analistas e Técnicos do Banco Central do Brasil – ou seja, por servidores concursados do Estado, não pelo atual governante ou por qualquer outro governo”, diz a nota.

Possibilidade de greve

Na mesma nota, o sindicato também cobra uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. O objetivo é rever questões como reestruturação de carreira, mas o sindicato aponta que o comunicado é apenas um alerta inicial.

“Como é só um alerta inicial, hoje não haverá ainda paralisação de nenhum serviço do BC. Porém, se a enrolação do Governo Federal continuar, os servidores do BC poderão entrar em setembro em operação diferenciada, dificultando alguns processos de trabalho do BC (as características dessa Operação ainda não podem ser divulgadas por nós)”, diz o comunicado.

Fonte: Tec Mundo

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