Um dos três criminosos mortos em confronto com a Polícia Militar do Ceará (PMCE), no cemitério de Santana do Acaraú, na região norte do estado, na madrugada de segunda-feira (31/3), teve o corpo queimado por um grupo de faccionados rivais durante o velório.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o corpo da vítima em chamas, chocando as pessoas presentes no local.
Segundo a PMCE, cerca de dez criminosos de uma facção planejavam invadir o território de um grupo rival na região. Os militares, ao receberem uma denúncia sobre um grupo armado preparando um ataque, deslocaram-se rapidamente para o local.
Surpresos com a chegada da polícia, os faccionados pularam o muro do cemitério para fugir. Os policiais lançaram duas bombas de efeito moral para contê-los, e os criminosos reagiram com tiros, iniciando um confronto. Três suspeitos foram baleados, encaminhados ao hospital, mas não resistiram aos ferimentos.
Os demais conseguiram fugir por um matagal próximo, e uma operação foi iniciada para localizá-los. Na ação, foram apreendidas três armas de fogo (uma submetralhadora e dois revólveres) e dois celulares. Nenhum policial foi ferido.
Durante o velório de uma das vítimas do confronto, na Comunidade Bonfim, em Trairi, outro grupo de criminosos invadiu o local e incendiou o corpo do homem.
De acordo com a PMCE, os suspeitos são integrantes de uma facção rival. Durante o ataque, um deles sofreu queimaduras ao atear fogo no caixão, o que facilitou sua identificação e prisão.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-CE) informou que um homem de 18 anos foi preso em flagrante e levado à Delegacia Municipal de Trairi, acusado de perturbação de cerimônia funerária, vilipêndio a cadáver, corrupção de menor e organização criminosa. Outros quatro suspeitos também foram detidos.
“Os suspeitos foram apresentados em uma unidade policial, onde prestam depoimento. O caso está sob responsabilidade da Delegacia Municipal de Trairi, que realiza diligências para esclarecer os fatos. A investigação segue em andamento”, afirmou a SSP-CE em nota.
Fonte: Metrópoles