A Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) determinou a transferência temporária de seis líderes de facções do Conjunto Penal de Jequié, incluindo Cleiton Miranda Nunes, conhecido como “Carroça”.
A decisão, baseada em relatórios que apontavam a continuidade do comando de crimes de dentro da unidade, foi tomada após a cidade registrar um pico de violência desde o início do ano.
A crise de segurança em Jequié escalou entre 1º e 5 de janeiro de 2025, com oito homicídios e três tentativas de homicídio. A Secretaria de Segurança Pública identificou a causa: uma disputa territorial entre as facções PCC e Comando Vermelho (CV), que têm travado uma guerra pelo controle do tráfico de drogas na região.
Em resposta, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) realizou a Operação Força Máxima Verão, deflagrada em 6 de janeiro. A ação, que ocorreu em conjunto com a Operação Horus da Polícia Civil, resultou na apreensão de cinco celulares, 11 armas brancas artesanais, porções de maconha e cadernos com anotações suspeitas.
Seis presos, monitorados pela inteligência da Polícia Penal, foram identificados como influentes no crime organizado e transferidos.
Apesar da transferência de Cleiton Miranda Nunes para o Conjunto Penal Masculino de Salvador, sua defesa solicitou o retorno a Jequié.
A Justiça aguarda um parecer da Vara de Execuções Penais de Jequié e da Seap para decidir se os motivos que justificaram a transferência ainda persistem.
Fonte: Bnews