O que era para ser apenas um momento de diversão na praia se transformou em um verdadeiro pesadelo para Deborah Cobb. Moradora de Seattle, nos Estados Unidos, ela ficou cega aos 19 anos após fazer “estrelinhas” na areia. Hoje, aos 42, Deborah faz alertas para conscientizar outras pessoas sobre os riscos.
Em entrevista à revista “Newsweek”, ela contou que estava na praia com amigas quando decidiu testar quantas estrelinhas conseguiria fazer. No entanto, após completar 13 cambalhotas, caiu tonta no chão. “Meus olhos estavam girando, então demorou um pouco para perceber que eles não estavam focando direito”, relatou.
As amigas conseguiram perceber de imediato que algo estava errado. “Ao olhar para o rosto de uma delas, tudo o que eu via era uma grande mancha laranja. Meus olhos não conseguiam focar totalmente. Não havia dor, e minha visão periférica estava normal, mas tudo que eu tentava olhar diretamente era bloqueado por essa mancha laranja”, lembrou.
Na manhã seguinte, a visão de Deborah ainda não havia voltado, e a família decidiu levá-la ao hospital. Inicialmente, os médicos suspeitaram de uma queimadura solar na retina e recomendaram apenas que ela evitasse luzes fortes. No entanto, um especialista em retina deu um diagnóstico muito mais sério: Deborah havia sofrido hemorragias nas duas máculas.
A hemorragia na mácula é um sangramento que ocorre na retina ou logo abaixo dela, que afeta diretamente a área responsável pela visão central. A lesão em questão pode causar queda acentuada da visão ou até perda parcial da capacidade de enxergar com nitidez.
“Minha visão central tinha desaparecido completamente… Eu não podia dirigir, não podia ler, não conseguia me ver no espelho… o que significava que eu não podia passar maquiagem… nem assistir TV”, relatou.
Três meses após o incidente, Deborah voltou a enxergar normalmente. No entanto, aos 42 anos, ela ainda convive com limitações, como flashes de luz e manchas na visão.
“A gente foca tanto no que está dando errado na vida, que acaba ignorando tudo que está indo bem… Existem tantos pequenos presentes que poderiam nos trazer alegria todos os dias, se a gente apenas aprendesse a valorizá-los. Foi isso que essa experiência me ensinou: nunca pare de ser grato”, concluiu em entrevista.
Fonte: Bnews
