Os corpos de Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza foram localizados nesta sexta-feira (19) em uma área rural de Icaraíma, no noroeste do Paraná. A identificação foi feita pelas roupas que usavam, segundo informou o delegado Gabriel Menezes, da Polícia Civil. O grupo estava desaparecido desde agosto, quando viajou para cobrar uma dívida de R$ 255 mil.
As buscas começaram um dia antes, após escavações no local onde a picape das vítimas havia sido descoberta, no dia 12 de setembro. O veículo estava enterrado e apresentava manchas de sangue. Os corpos foram achados a cerca de 500 metros dali, encobertos por vegetação.
Principais suspeitos
A polícia aponta como principais investigados Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22, que estão foragidos. Ambos prestaram depoimento em agosto, mas foram liberados e desapareceram logo em seguida. Eles negaram ligação com a dívida, mas confirmaram que havia uma negociação de compra e venda de uma fazenda entre a família e Alencar. Mandados de prisão foram emitidos contra os dois.
Investigações indicam que pai e filho armaram uma emboscada para matar os quatro homens. Antonio já tem passagem por posse ilegal de arma de fogo; Paulo não possui antecedentes. Outros familiares ligados à dupla também são investigados, mas seus nomes não foram divulgados.
Como aconteceu
Robishley, Rafael e Diego saíram de São José do Rio Preto (SP) em 4 de agosto para se encontrar com Alencar em Icaraíma. Eles trabalhavam há mais de 10 anos na recuperação de dívidas e foram contratados para cobrar a quantia de R$ 255 mil da família Buscariollo.
No mesmo dia, chegaram a ir até o distrito de Vila Rica do Ivaí atrás do devedor e marcaram de retornar em 5 de agosto. A última vez que foram vistos foi em uma padaria da cidade, pela manhã. A partir do meio-dia, perderam contato com seus familiares. O desaparecimento foi registrado no dia seguinte, em São Paulo.
A dívida
O débito em questão envolvia a venda de uma propriedade rural no valor de R$ 255 mil, dividida em dez notas promissórias de R$ 25 mil, que nunca foram pagas. Embora inicialmente tenham circulado versões com valores entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão, a polícia confirmou apenas a negociação oficial de R$ 255 mil.
O caso segue em sigilo. A defesa dos suspeitos não se manifestou até a última atualização. Já as famílias das vítimas acompanham de perto o andamento das investigações.
Fonte: Portal Guarani
