Uma das principais facções criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC) utilizava uma rede com 60 motéis e empresas hoteleiras em nomes de laranjas para lavar dinheiro do crime organizado. A informação foi revelada nesta quinta-feira (25), pela Receita Federal e do Ministério Público de São Paulo.
De acordo com as investigações da Operação Spare, os motéis teriam movimentado mais de R$ 450 milhões entre 2020 e 2024, e alguns estão localizados nas cidades de em Ribeirão Pires, Itaquaquecetuba, Santo André, São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e em bairros da Zona Leste de São Paulo.
A Receita Federal explicou que os locais contribuíram para o aumento patrimonial de sócios que seriam parceiros do crime organizado. A distribuição de lucros e dividendos girariam em torno de R$ 45 milhões.
Os dados apontam ainda que um dos motéis distribuiu quase 65% da receita bruta declarada. Restaurantes dentro dos estabelecimentos, inclusive com CNPJs próprios, também integravam o esquema, sendo que um deles chegou a repassar R$ 1,7 milhão em lucro após registrar receita de quase R$ 7 milhões.
Fonte: Bnews