Oito agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro por furtar diversos pertences de investigados durante a Operação Caixinha. A missão em que o crime ocorreu, realizada para derrubar esquema milionário da facção Comando Vermelho, em uma casa no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio.
No último dia 15 de janeiro, segundo informações do portal O Globo, uma câmera corporal colocada no uniforme de um dos PMs registrou o episódio, assim como as falas dos agentes. Dentro de uma casa de dois pavimentos, eles vasculham os cômodos em busca de objetos para levar. Com o auxílio de mochilas, estocam objetos furtados.
Os policiais aparecem furtando perfumes e sapatos e revelam o desejo de levar eletrônicos. “Pô, se estivesse com a viatura, levava essa JBL (caixa de som)”, afirmou um deles. “Senhores, estou precisando de um Playstation. Se alguém encontrar, me avisa que eu jogo tudo fora”, disse outro.
Exatamente às 14h09 da mesma tarde, ainda de acordo com O Globo, o Ministério Público recebeu uma denúncia feita através do WhatsApp pelo promotor de plantão Victor Souza Maldonado de Carvalho Miceli. Na mensagem estava anexada uma das gravações captadas pelas câmeras corporais.
A denúncia foi o que possibilitou a apuração e a identificação dos envolvidos. Todos os oito militares foram ouvidos na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, em processo investigatório interno. Até agora, porém, os policiais não foram afastados das respectivas funções. A investigação segue em curso.
Um dos principais alvos da operação, organizada para acabar com a “caixinha” do Comando Vermelho, era o traficante Fhillip da Silva Gregório. Conhecido como Professor, era considerado um dos principais fornecedores de armas da quadrilha. Em um suposto suicídio, no entanto, morreu com um tiro na cabeça, em junho.
O Correio procurou a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar e a Corregedoria da corporação, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Fonte: Correio Braziliense