Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), comentou nesta quarta-feira (3) a crise no Partido Liberal após a manifestação de Michelle Bolsonaro contra a possível aliança do PL do Ceará com Ciro Gomes (PSDB). Em entrevista ao Pleno Time, o pré-candidato a deputado defendeu maior diálogo interno e afirmou que a sigla precisa reorganizar sua atuação sem Jair Bolsonaro no comando direto das articulações.
Renato ressaltou que decisões estratégicas não devem ser tomadas individualmente. “Nós não podemos ferir os nossos princípios. Esse episódio que aconteceu com a Michelle, eu acredito que tá faltando um pouco mais de conversa entre o partido. Com a saída de Jair Bolsonaro do cenário, o partido precisa se organizar. As atitudes não podem ser individuais, elas precisam ser traçadas de maneira que leve ao objetivo com o saber de todos”, disse.
Segundo ele, a união da direita é fundamental diante do cenário eleitoral. “Nosso adversário comum é o PT. Então, em 2026, temos que sair mais fortes”, afirmou.
Ao comentar diretamente a postura da cunhada, Renato afirmou que Michelle agiu movida pelo sentimento, mas destacou que alianças políticas exigem cautela. “Ela agiu com coração, com aquilo que sente, e que é o que a gente sente também. Dar mão a alguém que sempre falou mal, criticou, tem outras ideias… é complicado. Tem que avaliar muito bem”, declarou.
Renato acrescentou que o diálogo dentro do partido já está em andamento. “A conversação tá sendo feita, vamos chegar num bom senso, sem dúvida”, afirmou.
Ele também enfatizou a importância de coesão entre os integrantes da direita. “Ela vem se projetando a partir de Jair Bolsonaro, então tá muito recente ainda. O que precisa é cada um não ter vaidade, respeitar o posicionamento, conversar antes nos bastidores e levar a decisão tomada à frente. A direita vai se fortalecer em 2026 e isso será muito bom para o Brasil como um todo”, concluiu.





