O Banco Central do Brasil iniciou, nesta quarta-feira (17), o processo de retirada definitiva das cédulas de R$ 2 a R$ 100 da primeira família do Real, lançadas em 1994 com a implementação do Plano Real. As notas continuam com valor legal e podem ser utilizadas normalmente pela população, mas deixam de retornar à circulação quando passam pelo sistema bancário.
A medida integra a política de renovação do meio circulante e não prevê recolhimento imediato das cédulas que estão em posse dos consumidores. O procedimento ocorre de forma gradual, a partir do fluxo natural do dinheiro: sempre que uma nota antiga chega a uma agência bancária, seja por depósitos, pagamentos ou trocas, ela é separada e retida, em vez de voltar ao mercado.
Com a adoção do processo, a presença das cédulas clássicas tende a diminuir progressivamente no cotidiano. A substituição acontece à medida que o papel-moeda antigo é recolhido e trocado por notas mais recentes, que apresentam melhores condições de conservação e novos elementos de segurança.
Para quem utiliza dinheiro em espécie, não há mudança imediata. As cédulas da primeira família do Real seguem sendo aceitas em compras e transações comerciais. A diferença ocorre quando essas notas entram no circuito bancário, momento em que passam a ser recolhidas pelas instituições financeiras, conforme orientação do Banco Central.
Nos bancos, o procedimento determina que as cédulas antigas sejam identificadas e separadas durante as operações de caixa. Após a retenção, elas seguem para custódia e para o fluxo de substituição estabelecido pela autoridade monetária. Com o avanço desse processo, a circulação passa a ser predominantemente composta pelas notas da segunda família do Real, em circulação desde 2010.
A retirada gradual também inclui a cédula comemorativa de R$ 10, lançada no ano 2000 em referência aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Apesar da circulação mais restrita, essa nota passa a seguir o mesmo procedimento das demais cédulas antigas ao retornar ao sistema bancário.
Segundo o Banco Central, a substituição ocorrerá de forma contínua, acompanhando o retorno natural das notas às instituições financeiras. A tendência é que as cédulas da primeira família do Real se tornem cada vez menos comuns no dia a dia, sem que haja perda de valor ou necessidade de troca imediata por parte da população.
As informações são do A Tarde





