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Alvo da PF, deputado bolsonarista reclama que operação foi no dia do aniversário da filha

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira. A investigação apura suspeitas de desvio de recursos da cota parlamentar por meio do aluguel de veículos, serviço ao qual os parlamentares têm direito. Também são investigados possíveis vínculos do esquema com o gabinete do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).

Em nota e em declarações públicas, Carlos Jordy afirmou que a estrutura da Polícia Federal estaria sendo utilizada para “intimidar” a oposição. O parlamentar declarou que não cabe ao deputado fiscalizar a frota ou a estrutura interna das empresas contratadas, mas sim contratar o serviço considerado mais eficiente e com menor custo. Jordy também afirmou que considera inadmissível o uso de órgãos de investigação contra parlamentares sem indícios concretos de crimes graves.

A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, sete mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo STF e cumpridos no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Em um endereço ligado a Sóstenes Cavalcante, em Brasília, agentes da Polícia Federal encontraram R$ 430 mil em dinheiro vivo.

Batizada de “Galho Fraco”, a operação investiga a atuação de agentes políticos, servidores comissionados e particulares que, segundo a Polícia Federal, teriam agido de forma coordenada para o desvio e a posterior ocultação de verbas públicas. A apuração envolve suspeitas dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com os investigadores, os recursos desviados teriam sido repassados a empresas de fachada, que posteriormente realizavam a lavagem do dinheiro. Ainda segundo a Polícia Federal, assessores ligados aos dois parlamentares movimentaram valores que somam milhões de reais.

Nas redes sociais, Carlos Jordy afirmou ser alvo de uma “perseguição implacável” e classificou a investigação como “pesca probatória”. Até a última atualização, o deputado Sóstenes Cavalcante havia sido procurado, mas não havia se manifestado sobre a operação.

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