Um laudo apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aponta que ele teria apresentado 514 episódios de interrupção da respiração ao longo de uma única noite. De acordo com o documento, divulgado pela revista Veja, foram registradas 470 apneias do sono, com duração entre 10 e 25 segundos.
Segundo o laudo, as interrupções ocorreram de forma recorrente durante o período de monitoramento noturno. A apneia do sono é caracterizada por pausas repetidas na respiração enquanto a pessoa dorme, o que provoca redução nos níveis de oxigênio no sangue e despertares breves e involuntários, muitas vezes imperceptíveis. O quadro pode comprometer a qualidade do sono e está associado a riscos como hipertensão, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC), arritmias, diabetes e sonolência diurna.
O tratamento para a condição pode incluir mudanças no estilo de vida, como perda de peso e adaptação da posição ao dormir, uso de aparelhos intraorais, equipamentos de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) ou procedimentos cirúrgicos, conforme a gravidade do caso.
Ainda conforme informações citadas pelo site Pleno.News, a defesa encaminhou ao STF uma lista de comorbidades atribuídas a Bolsonaro. Entre elas estão refluxo gastroesofágico com esofagite, hipertensão arterial primária, além de problemas cardíacos e vasculares.
Bolsonaro está internado no Hospital DF Star, em Brasília, onde passou por cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral e vem sendo submetido a procedimentos para conter crises de soluço. Segundo as informações divulgadas, ainda não há previsão de alta nem definição sobre seu retorno à custódia determinada no âmbito do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.





