A irmã paterna de Rafaella Carvalho, de 18 anos, que acusou o pai, o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Formoso, José Alberto de Carvalho (PSD), de agressão, defendeu o pai nas redes sociais. No Instagram, Evellyn Souza afirmou que se sentia rejeitada pela meia-irmã e que sofreu com insultos.
Na segunda-feira (13), Evellyn disse que não apoia nenhum tipo de agressão, mas garantiu que “as pessoas deviam ver o outro lado da história, porque Rafaella, que acusou o pai de agressão, “não é flor que se cheire”.
A irmã paterna da denunciante recebeu julgamentos após postar uma foto com José Alberto e fazer um texto em defesa do pai. “Gostaria de deixar claro que eu não apoio nenhum tipo de agressão. Sabe-se que mulheres sofrem violência diariamente e é, de certa forma, triste ver tanta visibilidade em um caso como o de Rafaella, isso porque, tem muita história nos bastidores que não estão sendo contadas”, dizia o início do texto.
Ao longo da legenda da foto, ela chamou a irmã de “traiçoeira” e “manipuladora” e garantiu que Rafaella a colocava em situações humilhantes desde que ambas eram crianças.
Nos stories do Instagram, Evellyn deixou claro que não quis justificar a agressão sofrida por Rafaella Carvalho, mas quis mostrar o “outro lado da história”.
Ela disse que não podia ver o pai, já que a mãe de Rafaella não permitia. “Mesmo eu pequena, ela não me poupava das ofensas dela. Cansei de receber mensagens da própria falando que eu era ‘da favela’, que eu era ‘favelada’, que eu não ia jamais ter contato com os filhos dela porque eu não tinha a mesma face que eles. Eu era uma criança e não sabia lidar com aquilo, até hoje eu não sei, tenho feridas muito grandes referente a isso, referente a tudo que elas me fizeram passar”, contou Evellyn.
“Eu me sentia uma filha rejeitada porque eu via meus irmãos tendo de tudo, principalmente a Rafaella, viajando o mundo, tinha coisas boas e eu morava na favela, e eu só queria o meu pai”, revelou a jovem.
Evellyn contou também que, em 2019, passou a morar com José Alberto, a mãe de Rafaella e a irmã. “Eu sempre falei para as minhas amigas ‘gente, eu trocaria tudo isso pra ter o amor do meu pai’”, diz. Ela afirmou que, apesar de não ter sido criada pelo pai quando criança, decidiu perdoá-lo e deixar as mágoas para trás, recomeçando o relacionamento com ele.
Contando sobre sua relação com a mãe, Evellyn mostrou que é criada, aparentemente, de uma forma diferente da irmã. Ela afirmou que todas as vezes que “faz coisa errada”, apanha da mãe, mas deixou claro o apoio à atitude. “Ela me criou com muito esforço, ela não me deixou passar, nem um dia sequer da minha vida, fome, ela nunca me abandonou e ela tem sim, o direito de me bater, não importa a idade que eu tenha”, afirmou.
“Não estou falando que estou ‘passando pano’ para agressão, mas eu cresci apanhando. Fazia coisa errada (…), minha mãe ia lá e me corrigia, me batia da forma que ela devia achar e eu nunca achei isso errado, então foi a forma que eu cresci, eu cresci apanhando, então, me tocou [a agressão], mas pra mim, [ele] tava querendo corrigir ela [Rafaella]”.
“Ele foi um pai pra mim diferente, é claro, do pai que ele era pra Rafa, porque ele criou a Rafaella e eu via aquilo e, no começo, eu ficava sentida, porque eu queria ter aquele amor, só que hoje eu entendo que (…) sempre fui uma filha distante”, continuou a contar.
“Ela também não é esse anjo todo, assim como sei que meu pai também não é esse monstro todo com ela. (…) Por trás de tudo isso, por trás de toda essa repercussão, tem coisas que ninguém tá falando”, afirmou.
Evellyn pediu ainda que os internautas procurassem saber um pouco mais sobre a história antes de julgá-la.
Pro Varela Notícias