POLÍTICA

Deputado Valmir defende impedimento de Bolsonaro em ‘superpedido’ protocolado em Brasília

Presente ao ato político com diferentes partidos, movimentos sociais e sindicais, que entregaram o pedido de impeachment do presidente Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) defendeu a unificação dos argumentos dos outros 123 pedidos que já foram apresentados na Câmara e pede união para fortalecer a democracia. O ato aconteceu nesta quarta-feira (30), em Brasília, e o parlamentar baiano se reuniu com lideranças estudantis e representantes dos petroleiros do país para alinhar o debate e traçar ações para os próximos protestos contra o atual presidente da República. Entre os argumentos do considerado ‘superpedido’ está o mais recente, que aponta prevaricação do presidente no caso da suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

“É um dia para ser marcado nesta Casa. Um ato suprapartidário que unifica os diversos pedidos de impeachment que tem contra o governo Bolsonaro. A Câmara tem mais de 120 pedidos de impedimento que, até hoje, o presidente do Legislativo não encaminhou para abrir um sequer. Por isso, as diversas organizações populares, sociais, sindicais, partidos políticos, unificaram todos esses pedidos para que a Câmara, imediatamente, abra o processo de impeachment contra Bolsonaro para evitar o crescimento dessa crise que já matou mais de 514 mil pessoas”, descreve Valmir ao lado da presidente do PT nacional, Gleisi Hoffmann (PT-RS) e da diretora de Combate ao Racismo da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Liriel Maia. “Precisamos pôr um fim definitivo a este governo que aí está que tem dia após dia destruído sonho e a esperança da juventude brasileira”, diz Maia.

Para Valmir, “já está comprovado para o povo brasileiro que Bolsonaro cometeu diversos crimes e o último que a imprensa divulga é algo triste”. Ele diz que o fato de deixar de comprar vacina para poder usar a pandemia e cobrar U$1 dólar por cada dose “é o cúmulo do absurdo”. “Essa Casa não pode ser conivente, não pode, de forma alguma, aceitar que isso é normal, ou do jogo político. Isso é corrupção! Bolsonaro é genocida e corrupto. No Brasil, as pessoas morreram por falta de vacina, por falta de diretrizes do governo federal, por falta de amor do presidente pelo seu país”, explica o petista ao lado de dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Assunção cobra diretamente do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro. “O presidente desta Casa tem que cumprir a sua função e abrir o processo e os deputados tomarem a sua decisão. Tenho certeza que, se Arthur Lira tiver um pouquinho de sensibilidade, vai abrir o processo de impeachment para os deputados tomarem a decisão que queira. Sei que os deputados tomarão a decisão que o povo brasileiro espera. E as ruas estão mostrando isso, teremos mais protestos neste final de semana para fortalecer o movimento ‘Fora, Bolsonaro’ e de ‘impeachment já’”, completa.

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