O engenheiro Reges Amauri Krucinski, de 43 anos, preso por feminicídio após ter matado a própria mulher a tiros, na noite de Réveillon, em Porto Seguro, no Sul da Bahia, preferiu ficar em silêncio quando questionado o por que atirou contra a jornalista Juliana de Freitas Alves Krucinski, de 41 anos.
Mas uma das peças-chave para entender o que aconteceu naquele dia foi ouvida pela polícia, e deu detalhes sobre a rotina do casal e a discussão que resultou no crime: a babá, de 20 anos, que trabalhava para o casal há cerca de um mês.
Segundo o site Radar 64, a jovem relatou durante depoimento que, pela manhã, Reges e Juliana estavam tranquilos, consumindo bebida alcoólica e preparando a ceia de Ano Novo.
Clima e crime
À tarde, no entanto, o clima mudou na residência, depois que o casal iniciou uma discussão dentro da piscina. Por não estar próxima dos dois, ela não pôde ouvir detalhes do bate-boca.Depois do desentendimento, o engenheiro foi para a suíte, que fica no segundo andar e, por volta das 17h, Juliana também decidiu subir.
Já no térreo, os dois voltaram a discutir e a jornalista seguiu para a área externa da casa. Ela queria evitar a discussão, ainda de acordo com o depoimento da babá. Diante da negativa da esposa, o agressor subiu enfurecido para a suíte e, logo em seguida, desceu com uma arma em punho.
O marido teria dado o primeiro tiro a uma curta distância, algo em torno de um metro, no tórax da vítima. Não satisfeito, ele teria apertado o gatilho da arma mais três vezes. A Polícia Civil aguarda o laudo pericial e não há informações oficiais sobre a motivação e detalhes que antecederam o feminícidio.
Versão oficial
Já o delegado Marcus Vinícius, responsável pelo caso, afirmou, em entrevista à TV Record, que o engenheiro optou pelo silêncio quando interrogado.
“A respeito da motivação do crime pouco se sabe ainda porque o autor, quando interrogado, se preservou com o silêncio, não esclarecendo a respeito da motivação. Boa parte das pessoas que estavam na casa já foram ouvidas, mas outros ainda precisam ser ouvidos, de modo que há diligências pendentes que serão realizadas no curso da investigação”, comentou.
O delegado confirmou a versão de que agressor e a vítima tiveram uma discussão na piscina da residência. “As primeiras pessoas que foram ouvidas mencionam uma briga na piscina, mas sempre que os parentes se aproximavam eles demonstravam estar tudo bem e se abraçavam, isso é o que está nos depoimentos colhidos em primeiro momento”, completou.
O engenheiro segue custodiado na carceragem da Delegacia Territorial de Porto Seguro. Um dia depois do crime, ele se desesperou e os policias tiveram que acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Fonte: BNews