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Guerra interna do PCC faz mais uma vítima na zona leste de São Paulo

Apontado pela polícia como um dos maiores traficantes de drogas de São Paulo, Cláudio Marcos de Almeida, de 50 anos, o Django, foi encontrado morto sob o viaduto da Vila Matilde, na zona leste paulistana, na manhã deste domingo (23).

A Polícia Civil investiga se a morte de Django está relacionada aos assassinatos de Anselmo Becheli Fausta Nova, 38, o Magrelo, e de um homem que teve o corpo decepado em Suzano, na Grande São Paulo.

Magrelo foi morto a tiros com o comparsa Antônio Corona Neto, 33, o Sem Sangue. Segundo o Ministério Público Estadual, Magrelo era ligado a Django e a Sílvio Luiz Ferreira, 43, o Cebola.

Os três foram apontados como líderes do tráfico de drogas na Favela Caixa D’Água, em Cangaíba, zona leste de SP, e subordinados a Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, ambos da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Gegê e Paca foram assassinados em fevereiro de 2018 na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Depois das mortes de ambos, a violência tomou conta do bairro do Tatuapé, onde outros integrantes do PCC também foram mortos.

Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, acusado de comandar e participar dos homicídios de Gegê e Paca, foi morto uma semana depois desse duplo homicídio.

Carlos Roberto Ferreira, o Galo, apontado como o homem que atraiu Cabelo Duro para a morte, foi assassinado a tiros cinco meses depois, em julho de 2018, também no Tatuapé.

No último dia 16, a polícia encontrou uma cabeça decepada no Tatuapé e partes de um corpo em Suzano. Ao lado dos restos mortais havia um bilhete com a seguinte mensagem: “Esse pilantra foi cobrado em cima da covardia que fez em cima dos nossos irmãos Anselmo e Sem Sangue”.

IRMÃO RECONHECEU O CORPO

O corpo de Django foi encontrado por guardas-civis metropolitanos. As informações iniciais, não confirmadas, são de que a vítima foi enforcada. O irmão de Django, Caetano Marcelo de Almeida, foi com GCMs ao local do crime e o reconheceu.

A série de mortes intriga a Polícia Civil e o Ministério Público. Para investigadores do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), os assassinatos no Tatuapé tiveram início em retaliação às mortes de Gegê do Mangue e Paca.

Para promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), Magrelo foi morto porque não cumpriu a ordem do PCC de resgatar a liderança máxima da facção criminosa presa na Penitenciária Federal de Brasília.

Investigações do Gaeco apontaram que a ordem para resgatar a liderança do PCC foi repassada para Marcos Roberto de Almeida, o Marcos Tuta, foragido da Justiça.

O nome de Marcos Tuta aparece no novo organograma do PCC divulgado em setembro de 2020 pelo Gaeco. Ele responde a processo por associação a organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Fonte: Folhapress

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