Como já se especulava nos bastidores, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, tenta cassar o mandato do senador eleito Sergio Moro (União Brasil) na Justiça. O objetivo da sigla é que se tenha uma nova eleição no Paraná e que Paulo Martins , representante da legenda que ficou na segunda posição, conquiste uma cadeira no Senado, no lugar de Moro.
A agremiação comandada por Valdemar Costa Neto (PL) justifica a ação com as possíveis irregularidades em gastos e doações antecipadas da campanha do ex-ministro. O documento foi entregue ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) pelo PL estadual. O processo está em segredo de Justiça.
O partido usou como exemplo o episódio da senadora Selma Arruda. Em 2019, em seu primeiro ano de mandato, a então parlamentar foi cassada pelo TRE do Mato Grosso. Selma recorreu, mas o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou a decisão. Carlos Fávaro (PSD), que atualmente integra a transição do governo Lula na área da agricultura, foi quem a substituiu.
Moro no Senado
Sergio Moro se colocou como pré-candidato à Presidência da República em novembro do ano passado pelo Podemos. Ele criticou Lula e Bolsonaro, afirmando ser um nome da terceira via. Porém, em março, o ex-juiz deixou a sigla e se transferiu para o União Brasi, informa o Ig.
O ex-ministro de Bolsonaro concordou em lançar candidatura para o Senado por São Paulo. Porém, a mudança do seu domicílio eleitoral foi considerada irregular e ele concorreu pelo estado do Paraná.
Inicialmente, seguiu criticando o atual presidente da República e também o presidente eleito Lula. Mas as pesquisas o colocavam em segundo lugar, distante de Alvaro Dias (Podemos), seu ex-padrinho político.
Nas duas últimas semanas, o ex-juiz resolveu se reaproximar de Bolsonaro e declarou que seu maior inimigo é o PT. Por conta disso, Moro cresceu nas pesquisas e se aproximou de Dias.
Moro venceu a eleição para senador com 33% dos votos, enquanto Paulo Martins ficou em segundo, com 29%.
Fonte: Bnews