Na manhã de quinta-feira (13), a jornalista Alana Rocha, da cidade de Riachão do Jacuípe, foi alvo de mais um atentado praticado em virtude da sua atuação profissional. Âncora de um programa na Gazeta FM, voltado ao jornalismo investigativo, Rocha teve o seu veículo destruído a pedradas, em frente ao local de trabalho.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Alana Rocha declarou que a suspeita é que o fato tenha ocorrido após ela criticar a suspensão da sessão da Câmara de Vereadores local.


“Nos últimos dias, eu ativei meu blog de notícias e tenho feito muitas matérias de denúncias da população, e tenho dado muita ênfase também nisso no programa de rádio. (…) Eu estava na emissora no momento e lá tem seguranças, mas eles tinham saído para almoçar. Temos câmeras no local. Eu estava apresentando o jornal e quando sai me deparei com a cena. No momento, não tinha ninguém próximo à emissora para servir como testemunha. Fui amparada pela direção da emissora, por colegas, depois fui até à delegacia, com a direção administrativa, e prestei um boletim de ocorrência. O técnico que cuida do sistema de monitoramento do prédio estava de folga e não estava na cidade, mas estará vindo o mais breve possível para puxar as imagens da câmara e ver quem praticou o ato”, acrescentou.

Alana Rocha contou que tem sofrido muito com assédios e processos judiciais devido à sua atuação no jornalismo investigativo. Segundo ela, após o ataque, registrou um Boletim de Ocorrência e aguarda agora a verificação das imagens das câmeras de segurança da rádio para identificar o autor do atentado ao veículo.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) informou que tem acompanhado de perto a situação envolvendo este atentado, através da Comissão da Mulher da entidade, e que a denúncia será encaminhada à Rede de Combate à Violência contra Profissionais de Imprensa.

O Presidente do Sinjorba, o jornalista Moacy Neves, ressaltou na nota que não é a primeira que a jornalista Alana Rocha é vítima de ataques, como agressões verbais e atos difamatórios, praticados por pessoas na cidade de Riachão do Jacuípe.

“Colocamos a estrutura do sindicato à disposição, prestamos solidariedade, mas entendemos que é preciso ir além. Com a rede, teremos o suporte necessário para criminalizar e punir esses e quaisquer outros autores de agressões à categoria”, afirmou através da nota.

Com informações da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade.

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