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O combate ao crime transnacional e o apoio à participação de Taiwan na Interpol 

Não foram poucos os cidadãos que perderam seus empregos por força das restrições e do confinamento impostos pela pandemia da Covid-19 e que, hoje, procuram, desesperadamente, por apoio financeiro. Logo, frente a uma oportunidade profissional, seria naturalmente difícil resistir. A dura realidade para quem viaja para outro país a procura de trabalho, no entanto, deve ser levada em conta nesta dinâmica. Há quem corra o risco de ser vítima, por exemplo, do tráfico humano – uma nova forma de crime transnacional e que faz vítimas em todo o mundo. 

Também não podemos nos esquecer da fraude; com o avanço da tecnologia da informação e da comunicação, este crime milenar está ganhando novas dimensões e representa uma ameaça incalculável à segurança global.  

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Frente a estes cenários e como bem afirmou o secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), Jürgen Stock, a necessidade de uma cooperação policial internacional sólida é mais vital do que nunca para se lidar com novas formas de crime transnacional, como o tráfico de seres humanos e a fraude, já citados nas linhas acima, e só para citar alguns.  

Para combater este tipo de delito, os agentes da lei de todo o mundo devem se unir, e sem deixar de lado a oportunidade de atuarem de forma estratégica na Interpol. E, pasmem: por razões políticas, Taiwan não pode participar desta instituição há mais de 39 anos. No entanto, ao mesmo tempo, a medida em que o crime transnacional floresce nesta era da globalização, os passaportes taiwaneses, que beneficiam com acesso sem visto 145 países e territórios, tornaram-se alvos de criminosos transnacionais – uma ameaça que não deve ser subestimada. 

A capacidade de Taiwan de realizar controles de segurança nas fronteiras e de combater crimes transnacionais, como o terrorismo e o tráfico de seres humanos, é gravemente prejudicada pela sua falta de acesso à inteligência criminal compartilhada em tempo real, por meio do sistema I-24/7 da Interpol e da base de dados de documentos de viagem que foram roubados ou perdidos.  

A exclusão de longa data de Taiwan da Interpol significa, ainda, que os intercâmbios vitais de informações estão frequentemente desatualizados e incorretos. E, não menos importante: a incapacidade de Taiwan de participar de reuniões, das atividades e de treinamentos associados à Interpol gera uma lacuna significativa na rede global de segurança e de antiterrorismo. O que parece só uma censura é, na verdade, um risco continental.  

É urgente o apelo para que todos apoiem a participação do País na Assembleia Geral anual da Interpol, ao menos na qualidade de observador.  

Isto permitirá às autoridades policiais de Taiwan de marcarem presença em um sem-número de ações, de reuniões e de treinamentos ligados à Segurança Pública Internacional, além de interagirem com outras nações e resolverem a deficiência no intercâmbio transnacional de informações sobre crimes.  

É necessário que se deixe Taiwan e a Interpol trabalharem juntos. Não se trata, aqui, tão somente de uma questão política. A segurança global diz respeito a todos nós, afinal.  

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