“Sorria que eu estou te filmando”. Durante anos, o cantor Rodriguinho fez sucesso no Brasil inteiro com essa música, um dos clássicos do pagode da década de 90. Mas, nos próximos 100 dias, parece que o jogo virou, não é mesmo? Dessa vez, é o pagodeiro de 45 anos, novo participante do BBB 24, que vai ter que conviver em uma casa recheada de câmeras.
Nascido em Bauru, no interior de São Paulo, Rodrigo Fernando do Amaral Silva, o Rodriguinho, se mudou para a capital do estado com apenas um ano de idade. Aos 10, iniciou sua carreira na música, como integrante do grupo Toca do Coelho. Anos depois, migrou para o Moleque Travesso, que depois se transformou no grupo Os Travessos, um dos grandes sucessos do cenário musical nos anos 90.
“Os Travessos era uma boyband de samba. Eu fui o pagodeiro que mais fez capas de revistas para adolescente e o primeiro negro a sair na capa da ‘Carícia’, uma revista que vendia muito na época. Participei do filme da Xuxa, estávamos em todas as rádios”, lembra Rodriguinho, que em 2004 seguiu carreira solo.
Ele conta que assistiu às primeiras edições do BBB com grande entusiasmo, mas nunca tinha passado pela cabeça do pagodeiro participar do programa. Mas, depois de uma conversa com a esposa, Bruna, que já se inscreveu quatro vezes para o programa, e com o empresário, ele resolveu aceitar o convite pra fazer parte do Camarote:
“Antes de ser minha mulher, ela era a minha fã. E ela me disse: ‘eu não conhecia o Rodrigo que eu conheço hoje, e acho que o Brasil vai gostar de conhecer também’. Liguei para o meu empresário e ele também deu força”.
O artista cancelou a agenda de shows prevista para os primeiros quatro meses de 2024. Segundo Rodriguinho, o programa pode ampliar ainda mais sua carreira artística, seja como cantor, produtor ou garoto-propaganda. “Estou caindo com uma agenda de quase 50 shows. Tenho cerca de 100 funcionários. Eles precisam que eu ganhe. O BBB leva a gente para uma outra prateleira. O samba está em um momento muito bom e eu estou puxando um bonde para os artistas terem essa vitrine”, diz.
Com 45 anos, Rodriguinho conta que é bom de convivência e que em muitos momentos poderá ser o ‘tiozão dos conselhos’. O pagodeiro destaca, porém, que seu jeito pode incomodar dentro da casa: “Eu não gosto de perder uma discussão e eu sou muito sincero. Se eu votar em uma determinada pessoa e se me perguntarem se votei, eu vou falar. E a sinceridade incomoda as pessoas. Sou alegre, feliz, de bem com a vida, mas não sou otário. Não levo desaforo para casa. Sou um cara competitivo, mas com tudo baseado em respeito”.
Questionado qual o tipo de pessoa que mais o incomoda, Rodriguinho explica que a terapia o ajuda muito a evitar conflitos, mas que nem sempre é possível. “Por mais que eu seja artista, não sou um cara que grita, que chama a atenção. Sou discreto, low profile”, afirma.
A animação nas festas está garantida. O pagodeiro espera aproveitar na casa mais vigiada do Brasil o que a fama o tirou nos últimos anos: “Já tenho o ‘vale night’ da minha mulher para aproveitar. Quero curtir, dançar. Não consigo fazer isso fora da casa”.