ECONOMIA

Dólar sobe com queda de commodities, piora em NY e de olho em fiscal

O petróleo cede moderadamente pela terceira sessão seguida por cautela sobre a demanda, enquanto o minério de ferro caiu mais de 3% na China.

Odólar opera em alta no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 23, em meio à queda de commodities e das bolsas em Nova York. O petróleo cede moderadamente pela terceira sessão seguida por cautela sobre a demanda, enquanto o minério de ferro caiu mais de 3% na China.

Contudo, os juros dos Treasuries passam por um alívio moderado. Investidores precificam perspectivas de início de corte de juros do Fed em setembro e de que a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, deve ganhar na convenção em agosto a indicação dos Democratas para disputar as eleições de novembro com o republicano Donald Trump.

As atenções ficam nas próximas pesquisas eleitorais, nos nomes cotados para provável vice de Kamala e em possível contestação da troca de candidato democrata pelo partido Republicano

Os investidores aguardam ainda os dados de vendas de moradias usadas nos Estados Unidos em junho e o índice de confiança do consumidor da zona do euro preliminar de julho, ambos programados para 11 horas.

No Brasil, o quadro fiscal permanece no radar em meio a desconforto no mercado com os gastos do governo. Nesta segunda-feira, 22, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não hesitará ante a necessidade de se fazer bloqueios no Orçamento, trazendo alento aos ativos locais.

O economista-chefe da Warren Rena, Felipe Salto, viu uma importante revisão nas projeções de receitas líquidas e despesas primárias contidas no relatório do 2º bimestre. As receitas líquidas estimadas para 2024 diminuíram em R$ 13,2 bilhões, passando a R$ 2.168,3 bilhões, calcula. Já as despesas aumentaram em R$ 20,7 bilhões, totalizando R$ 2.229,6 bilhões, afirma Salto. “Assim, o resultado primário estimado para 2024 piorou em R$ 33,9 bilhões, totalizando déficit estimado de R$ 61,4 bilhões, ante aos R$ 27,5 bilhões do RARDP do 2º bimestre. O governo ainda indica que R$ 28,8 bilhões em gastos programados se referem a despesas não computadas para fins de verificação da meta legal. Desta forma, o déficit primário projetado de R$ 61,4 bilhões representa um déficit de R$ 32,6 bilhões”, prevê Salto.

Às 9h42 desta terça, o dólar à vista subia 0,61%, a R$ 5,6041. O dólar para agosto ganhava 0,58%, a R$ 5,6075.

Fonte: Notícias ao Minuto

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