BAHIA

Conselho de Saúde cobra celeridade em investigações após mortes de bebês e gestantes em maternidade de Salvador

O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) cobrou mais rigor e celeridade nas investigações acerca de uma nova denúncia relacionada a maternidade Albert Sabin em menos de 30 dias. O novo caso aconteceu na última sexta-feira (29), após uma gestante e o seu bebê faleceram durante o parto. 

Kevelli Barbosa de 22 anos e sua filha morreram após serem induzidas a um parto normal ser induzido na unidade de saúde. No entanto, segundo familiares das vítimas, Barbosa tinha indicação para parto cesárea, já que possuia hipertensão. 

Ela foi até ao equipamento hospitalar na última quarta-feira (27) com dores. Após o parto, a médica informou que a criança nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço. A bebê chegou a ser reanimada mas não resistiu e foi a óbito. Depois da morte da bebê, Kevelli apresentou complicações e foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde também não resistiu.

Nesta terça-feira (3), o CES-BA pediu a Corregedoria do Estade e pelo o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), uma investigação mais rigorosa. Segundo o presidente da entidade, Marcos Gêmeos, não pode ocorrer outras situações deste tipo na Maternidade Albert Sabin, e nem em nenhuma maternidade. 

“Não podemos demonizar os serviços públicos. O Sistema Único de Saúde também tem excelência em diversos aspectos, mas é um fato que as apurações precisam ser feitas e mudanças precisam ser instaladas para garantir que a insegurança e a falta de humanização não sejam naturalizada”.

O Conselho reforça a importância de medidas para combater a violência obstétrica e negligências médicas, desde políticas públicas, capacitação profissional, fortalecimento de direitos das gestantes e conscientização social.

É essencial garantir o cumprimento das leis já existentes, como a Lei do Acompanhante (Lei nº 11.108/2005), que assegura às mulheres o direito de terem um acompanhante de sua escolha durante o trabalho de parto, parto e pós-parto. 

Além disso, é importante que políticas como a Rede Cegonha, voltadas para a humanização do atendimento, sejam efetivamente aplicadas, com supervisão regular dos serviços prestados.

Outro ponto fundamental é a capacitação contínua dos profissionais de saúde, promovendo a atualização técnica baseada em evidências científicas e a sensibilização para o impacto da violência obstétrica na saúde das mulheres.

Fonte: Bahia Notícias

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