O motorista da carreta que colidiu contra um ônibus que tinha destino a cidades baianas, matando 39 pessoas, estava sob efeito de drogas. Ele foi detido no estado do Espírito Santo, na manhã desta terça-feira (21/01).
Antes do acidente acontecer na BR-116, próximo à cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, Arilton Bastos Alves estaria usando cocaína, ecstasy e outras drogas. A conclusão é de um exame toxicológico realizado no suspeito no dia 23 de dezembro, dois dias depois da batida, e divulgado pelo G1.
Segundo a decisão judicial que decretou a prisão do condutor, o exame apontou ainda a presença da droga MDA, conhecida como “bala”, e os remédios psicotrópicos alprazolam e venlafaxina. Ao interpretar os resultados, os peritos concluíram que ele consumiu “cocaína e álcool etílico concomitantemente”.
Ainda de acordo com a decisão, “há indícios de que o investigado tinha por costume conduzir veículo automotor sob efeito de bebidas alcoólicas”. ele já tinha sido abordado em julho de 2022 pelos sintoma de embriaguez na condução de um carro e acabou sendo penalizado com a suspensão do direito de dirigir.
Com isso, o Arilton foi preso. “Diante destas informações, não há o que se falar em simples descuido ou inobservância de um dever de cuidado objetivo, mas em deliberada assunção de risco, mormente quando embalado pelo uso de drogas diversas – cocaína, álcool, ecstasy, etc”, diz um trecho da decisão do juiz Danilo de Mello Ferraz.
Ao se apresentar para fazer o exame, dois dias depois do ocorrido, a Justiça havia negado o pedido de prisão preventiva para avaliar se o acidente aconteceu por culpa de um dos lados. Além do uso de drogas, o caminhoneiro dirigia a mais de 90 km/h numa via onde o limite era 80km/h.
m/h na mesma viagem, o que revela o grau de descuido/ indiferença em poder causar um acidente de trânsito”, diz a decisão da Justiça de agora.
O juiz afirmou, ainda, que as investigações permitem concluir que a principal causa do acidente foi o “tombamento do segundo semirreboque da carreta sobre a contramão direcional e, subsequentemente, o desprendimento do bloco de granito e o seu choque frontal com o ônibus”.
Fonte: Informe Baiano
