O adolescente Davi Lucca Casais Silva, conhecido por sua luta contra a osteogênese imperfeita, doença rara popularmente chamada de “ossos de vidro”, morreu nesta terça-feira (13), aos 15 anos. Ele enfrentava a forma mais severa da condição, precisando de assistência permanente para a execução de atividades da vida prática.
Segundo a mãe do jovem, Dionir Oliveira, Davi estava internado no Hospital EMEC, em Feira de Santana, desde o último dia 5 de maio, após passar por uma cirurgia. No último final de semana, ele contraiu uma bactéria, que não foi possível combater a tempo. O falecimento foi registrado por volta das 13h.
O corpo do adolescente foi velado por volta das 19h, na funerária Pax Bahia, localizada no bairro SIM. O sepultamento está previsto para ocorrer na manhã de quarta (14), às 9h30, no Cemitério São João Batista.
Em uma publicação feita nas redes sociais do adolescente, a família lamentou a morte.
“É com o meu coração partido que compartilho com vocês a partida de Davi. Vamos descobrir juntos como a gente faz pra viver sem a alegria bonita dele”, diz a mensagem.
Vida marcada por desafios e superação
Davi Lucca ficou conhecido por sua trajetória de força diante da doença rara, que causa falha na produção de colágeno e deixa o esqueleto frágil, suscetível a fraturas. Ao longo da vida, ele passou por diversas cirurgias e precisou de assistência permanente para realizar tarefas básicas do dia a dia.
Pouco antes de morrer, o jovem passou 32 dias hospitalizado para tratar um quadro de traqueostomia.
Em entrevista ao g1, em 2023, Davi comemorou a mudança para uma casa adaptada, que trouxe mais mobilidade e autonomia.
“Estou muito feliz, porque agora consigo andar muito melhor dentro de casa, com a minha cadeira de rodas. Agora, também tenho um quarto só para mim e minha irmã tem o dela”, contou Davi Lucca ao g1.
A aquisição do imóvel foi possível após uma campanha solidária que mobilizou pessoas em todo o país. Antes, a mãe de Davi precisava carregar o filho no colo e subir uma escada com 14 degraus várias vezes ao dia.
Em 2024, o adolescente passou por duas cirurgias cerebrais, causadas por uma escoliose avançada que bloqueava a passagem de um líquido da coluna até o cérebro. Apesar das limitações e desafios médicos, a família sempre destacou a coragem de Davi.
Fonte: G1 Bahia