A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (23), a Operação Intercessor, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar e lavar recursos públicos federais destinados à administração municipal de Poções, no interior da Bahia, entre os anos de 2021 e 2023. A ação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao todo, 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista. Entre os alvos estão o prefeito de Encruzilhada, Dr. Pedrinho (PCdoB), a prefeita de Poções, Dona Nilda (PSD), e o chefe de gabinete da Prefeitura de Poções, Jorge Luiz, que já exerceu o cargo de prefeito do município.
Os mandados foram executados em residências, empresas e imóveis ligados a agentes públicos e empresários, com o objetivo de reunir provas sobre possíveis favorecimentos indevidos em contratos municipais. Participam da operação 68 policiais federais e 13 auditores da CGU.
Segundo as investigações, houve irregularidades em contratos de terceirização de mão de obra custeados com recursos do FUNDEB, SUS e FNAS, incluindo ausência de estudos técnicos, pesquisas de preços irregulares, aumento indevido de valores contratuais e prestação fictícia de serviços. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de mais de R$ 12 milhões.
A PF informou que a apuração revelou a existência de uma estrutura criminosa organizada, com atuação em diferentes municípios baianos. O grupo utilizava empresas de fachada, familiares como intermediários financeiros, além de realizar movimentações bancárias atípicas e ocultação de patrimônio para viabilizar o desvio e a lavagem de dinheiro.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista.
Com informações do Bnews