A Portaria do Inema Nº 19.452/19, que determina instalação de hidrômetro em poços artesianos, tem sido alvo de muitas críticas por parte dos opositores ao governador Rui Costa. Eles entendem que a medida, conforme explicou o deputado federal Arthur Maia (DEM) em entrevista ao Acorda Cidade, tem o propósito de cobrança pelo uso da água no futuro, o que é negado pelo Inema.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

Conforme o parlamentar, nos últimos 13 anos o governo do PT não se preocupou com o crédito rural, não ofereceu infraestrutura na zona rural baiana e ainda que cobrar a água de poço artesiano. “Tenho denunciado veementemente nas redes sociais e não vamos permitir que Rui Costa cobre a água de poço artesiano do pobre, a água que ele tira do subsolo com muito sacrifício”, bradou.


Ex-prefeito de Bom Jesus da Lapa, Maia diz que quem conhece a realidade do semiárido sabe que não é possível fazer essa cobrança, porque já é um sacrifício para pessoas desassistidas do básico, com falta, por exemplo, de estradas pavimentas, luz elétrica, escola, assistência médica e segurança, terem como pagar pelo hidrômetro e pela água. “São as pessoas mais pobres do estado e é dessa gente que o governador Rui Costa está querendo cobrar”, criticou. E ironizou: “Só falta daqui a pouco o governador querer taxar a chuva. Nunca vi nada mais perverso”.

Governo nega intenção de cobrança

Também em entrevista ao Acorda Cidade, o deputado estadual Robinson Almeida (PT) negou a intenção de cobrança da água de poços artesianos por parte do governo. Robinson informou que na última semana a diretora do Inema, Márcia Cristina Teles, participou de uma audiência com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre o assunto.

Segundo Robinson, ela explicou que o propósito dos hidrômetros é controlar o uso da água para possibilitar o acesso as futuras gerações. “O governo não tem nenhuma intenção em tarifar, a intenção é em relação ao meio ambiente, a sustentabilidade da água, dos nossos rios”, afirmou.

O deputado informou ainda que na audiência houve várias ponderações dos presentes para que se tivesse mais tempo de discussão e ficou marcada uma nova audiência na região de Irecê, porque os produtores da região estão preocupados inclusive com o custo para aquisição de hidrômetros, que conforma a portaria será pago pelo agricultor.

Por Acorda Cidade

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