O comandante geral da Polícia Militar da Bahia, Anselmo Brandão, disse hoje (3), em entrevista à Rádio Metrópole, que considera o público que segue o cantor e deputado federal Igor Kannário (DEM-BA) como “diferenciado”, formado por “marginais”, mas também por “pessoas do bem”.
Ele comentou o episódio em que o deputado do DEM-BA ofendeu policiais militares, ao acusá-los de agressores e chamá-los de “bunda mole”, na Segunda-feira de Carnaval, na Segunda-feira de Carnaval, no Circuito Osmar (Campo Grande).
“Um perigo. Um gesto completamente infantil para uma pessoa como ele, hoje um parlamentar, colocou em risco a vida das pessoas. Mas uma coisa nós demos a demonstração, o que eu gostei. Elogio a minha tropa. Nós não recuamos. Ele ofendendo a polícia e a gente do lado. Porque quem segue ele são marginais, é um publico diferenciado, mas tem pessoas do bem. A gente não podia deixar”, afirmou.
Para Brandão, naquele momento ali, o sentimento da sociedade era para que a PM abandonasse o desfile de Kannário, mas os policiais continuaram seguindo o trio.
“Não saímos do lado e continuamos até ele encerrar. Até ele se render. Porque o objetivo dele era a gente ter recuado e ele dizer que a polícia abandonou o trio. Como da outra vez, quebraram isopor e ele alegando que nós fomos omissos, mas não, continuamos”, afirmou o comandante da PM baiana.
O líder da corporação ainda defendeu que o cantor faça uma retratação pública após o ocorrido, além da nota divulgada pela assessoria de imprensa, que o comandante geral considerou “pequena” diante da gravidade da declaração do parlamentar.
“Ele é muito pequeno para o tamanho da instituição que ele procura ‘denegrir’. Ele perdeu ponto com a instituição e espero que ele se retrate. Ele mandou uma nota, mas a nota é muito pequena para o que ele fez com meus policiais”, avaliou.