BAHIA

Martagão usa tablets para pacientes com covid se comunicarem com familiares

Para minimizar algumas barreiras causadas pela pandemia a pacientes pediátricos que estão internados no Hospital com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 e diante da suspensão de visitas como medida de prevenção, o Hospital Martagão Gesteira recorreu ao uso de tablets para que eles possam se comunicar com familiares. A ação, uma parceria do Serviço de Psicologia da instituição com a empresa Kofre Tecnologia, que doou os tablets, tem ajudado no tratamento das crianças atendidas com covid e também de outras doenças.

Coordenadora da Humanização do Hospital, a psicóloga Laís Damasceno explica que o uso do tablet tem permitido que ocorram visitas virtuais aos pacientes, em substituição às visitas presenciais. Caso o paciente e acompanhante concordem, um psicólogo entra em contato com os familiares e agenda a visita.

A ação está sendo utilizada também para outros pacientes internados que não estão com covid, mas que, por medida de precaução, também não podem receber visitas. “A restrição de visitas tem sido para todos os pacientes, mesmo para aqueles que não têm covid. Muitas pessoas que não têm celular, que estavam sem comunicação alguma com a família, conseguiram manter contato”, conta a psicóloga.

Moradora de Campo Formoso, a dona de casa Ana Gomes, 38, acompanha o filho de cinco meses que está internado. Por não ter celular, ficou 15 dias sem conseguir se comunicar com familiares. “Já consegui falar duas vezes. Eu não tenho celular, mas consegui falar com meu esposo, minhas duas filhas e minha sogra. Ajudou muito”, afirma.

Batizado de Conexão Psi, o projeto é realizado em parceria com a Live do Bem, que é a ação social da empresa Kofre Tecnologia, que doou seis tablets ao Martagão. Para a psicóloga, trata-se de uma intervenção, que visa manter os vínculos afetivos e sociais e conectar essa rede de apoio através do uso de tecnologia.

“As visitas são práticas de comunicação que possibilitam a manutenção dos laços afetivos e sociais em meio ao isolamento. Temos observado uma minimização dos impactos emocionais do adoecimento e hospitalização, promovendo saúde mental e repercussões no humor do paciente e no enfrentamento ao adoecimento, proporcionando cuidado integral e humanizado”, ressalta a coordenadora da Humanização.

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