A Bahia avalia fechar cervejarias no estado como medida de combate a um novo crescimento de casos a agravamento da pandemia da Covid-19. A possibilidade foi reconhecida pelo secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, nesta segunda-feira (24). Tem sido recorrente a dispersão de aglomerações em festas clandestinas nos fins de semana tanto no interior quanto na capital, e o fato tem preocupado a gestão estadual.
Na avaliação do secretário, a bebida é o grande “vilão”, principalmente a cerveja. Ele acredita que estão entre os maiores responsáveis pelas aglomerações causadas por festas clandestinas. “Ninguém faz um reggae desse aí sem estar movido a cerveja, que é a bebida mais consumida na Bahia”, sinalizou.
Diante disso, Vilas-Boas afirmou “vai chegar o dia que nós teremos que fechar fábricas de cerveja na Bahia”. O secretário fez a afirmação durante entrevista ao Jornal da Manhã, na TV Bahia.
O titular da Sesab reforçou o argumento citando dados divulgados neste fim de semana que mostram que o volume de vendas de cerveja no Brasil em 2020 foi o maior dos últimos seis anos. Foram comercializados 13,3 bilhões de litros, perdendo só para 2014, ano em que o país sediou a Copa do Mundo.
Na Bahia estão instaladas cervejarias como a do grupo Petrópolis, Ambev, Heineken, entre outras.
Após a publicação da matéria, o secretário de Saúde informou que o comentário foi “um mero exercício de retórica”. “Esse assunto nunca foi discutido internamente”, afirmou.
Em momento algum eu sugeri fechamento de fábricas de cerveja. Meu comentário foi um mero exercício de retórica, em cima de 2020 ter sido o ano que mais vendeu cerveja e o papel do álcool nas aglomerações.
— Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas) May 24, 2021
Fonte: Bahia Notícias