BAHIA

Polícia Civil tenta prender segundo assaltante que participou do latrocínio de policial civil

A morte do policial civil Eliel Santana, na noite de ontem (30), deixou familiares, amigos enlutados e também os colegas da Polícia Civil. Ele foi vítima de latrocínio quando estava em companhia da esposa e pilotava uma motocicleta na localidade de Magalhães no município de São Gonçalo dos Campos e foi surpreendido por dois homens. Eliel foi baleado, reagiu e um deles também foi morto. O outro encontra-se foragido e a polícia está em diligências para prendê-lo.

A delegada Ludmila Villas Boas, titular da Delegacia Territorial de Feira de Santana, 1º Delegacia, a qual Eliel trabalhava, lamentou a morte do colega e afirmou ao Acorda Cidade que todos estão consternados com a sua morte. Segundo ela, equipes da Polícia Civil estão trabalhando para encontrar o segundo envolvido no crime.

“Eu estive ontem durante a noite no local do crime e também nas diligências e de fato, segundo a viúva, ele foi abordado por dois homens quando estava conduzindo a motocicleta no povoado de Magalhães. Estamos em diligências, levantando informações sobre a identidade do segundo e ainda é prematuro prestar qualquer informação sobre o fato”, declarou.

A delegada relatou que está representando também o coordenador regional de polícia civil, o delegado Roberto Leal, que encontra-se em viagem, mas que também está em contato, acompanhando o trabalho.

Ela disse que Eliel era um colega respeitado por todos e ultimamente comentava com os colegas sobre os planos de vida quando se aposentasse.

“Com muita dificuldade ele formou a filha médica. Foi um sonho grande que ele conseguiu realizar. Fica a imagem de um pai zeloso, de um parceiro fiel, da esposa e dos filhos”, acrescentou.

Eliel tinha 58 anos de idade e 18 integrando a Polícia Civil. Antes de ser policial civil, trabalhou por muitos anos na antiga Telebahia.

Tristeza para a família

Eduardo Antônio dos Santos, irmão de Eliel relatou ao Acorda Cidade que o policial civil era muito esforçado, trabalhador e a família até brigava com ele porque vivia só para trabalhar.

“A gente falava para ele tirar o pé do acelerador. Sempre foi uma pessoa prestativa, acolhedora, um irmão no sentido mais amplo da palavra. Um grande homem, com suas falhas, mas as virtudes cobriam os defeitos dele, deixa uma grande lacuna em nossas vidas”, frisou.

Eduardo confirmou que Eliel trabalhou muito para conseguir formar a filha em medicina e essa era uma de suas realizações. Ainda segundo o irmão, o policial retornava de Magalhães, da casa de um casal amigo que costumava frequentar com a esposa.

“Ele vinha dessa casa de amigos, quando foi abordado pelos dois indivíduos. Mesmo baleado ele conseguiu atirar em um deles. Ainda empurrou a esposa e a livrou da linha de ação. Nós queremos que a justiça seja feita. Que o acusado seja capturado e pague pelo que fez”, encerrou.

A Polícia Civil da Bahia publicou uma nota de pesar pela morte de Eliel Santana. Veja abaixo:

Com imensa consternação, a Polícia Civil da Bahia lamenta informar o falecimento do investigador Eliel Santana dos Santos, 58 anos. atingido por disparos de arma de fogo durante um assalto, no município de São Gonçalo dos Campos, na noite de sábado (30).

Eliel Santana iniciou sua carreira na Polícia Civil em 19 de junho de 2004, na Delegacia Territorial (DT), de Cafarnaum, unidade da 14ª Coorpin/Irecê, e em 22 de outubro de 2016 foi designado para a 1ª Delegacia Territorial (DT), de Feira de Santana, onde atualmente estava lotado.

Ele deixou lembranças marcantes em inúmeros colegas, como o coordenador da 1ª Coorpin / Feira de Santana, delegado Roberto Leal. “A seriedade, compromisso e dedicação com o trabalho, além do quanto era querido pelos colegas são traços da sua história na Polícia Civil, que nunca serão esquecidos por nenhum de nós”, declarou.

Eliel Santana também era casado, pai de quatro filhos. A toda a família e amigos, a Delegada-Geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, estende as condolências e une-se no luto. 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo