A Polícia Federal em conjunto com a Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Administração Penitenciária e Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público deflagrou na manhã desta quinta-feira (24) a Operação Tarja Preta, objetivando desarticular facção criminosa baiana, responsável por crimes como homicídios, tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo, organização criminosa e lavagem de dinheiro que atua em Salvador.
Exército, DEPEN, BOPE/PM/MS e PM/GO também apoiaram a operação. Policiais saíram às ruas para cumprir 35 mandados de prisão preventiva e 46 mandados de busca e apreensão em residências e presídios localizados nos estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Santa Catarina. As ordens de prisão e de busca foram emitidas pelo Juízo da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca da capital baiana. A Justiça também determinou a apreensão e o sequestro de diversos bens móveis e imóveis pertencentes aos integrantes da facção, bem como o bloqueio de 40 contas bancárias por eles usadas.
As investigações, iniciadas em maio de 2020, revelaram o organograma da facção e as funções desempenhadas por cada um de seus membros. Apurou-se que grande parte das ordens para o cometimento de diversos crimes graves e violentos foi emanada de dentro de presídios. Os dois principais líderes da Orcrim estão sendo transferidos para Presídio Federal, por meio de aeronave pertencente à Polícia Federal. Constatou-se que, mesmo presos, referidos indivíduos continuavam comandando a facção criminosa.
Por três anos consecutivos, a Bahia tem ocupado o primeiro lugar no ranking nacional de mortes violentas (5.099 em 2019; 5.276 em 2020; e 5.099 em 2021).