BAHIA

Supostas laranjas gastaram valores altíssimos na campanha e só obtiveram 10 votos; veja nomes

Um levantamento publicado pelo site Metrópoles apontou que uma série de candidatas que praticamente não tiveram votos contraram empresas e advogados ligados a partidos políticos durante a campanha eleitoral.

Essas pessoas tiveram até 10 votos e suas atitudes levantam suspeitas de serem candidaturas fantasmas, ou laranjas.

As candidatas tentaram o cargo de deputada federal ou estadual. Elas receberam verbas consideráveis das legendas, investiram em publicidade, serviços, equipamentos e ainda assim quase não conseguiram votos.

A reforma eleitoral aprovada pelo Congresso no ano passado adotou novas regras em uma tentativa de incentivar que mulheres e negros ocupem mais cargos no Legislativo.

Os partidos foram obrigados a preencher com pessoas do sexo feminino, no mínimo, 30% de suas candidaturas a todos os postos em disputa. No entanto, os dados trazem fortes evidências de concorrência de fachada.

Candidata a deputada estadual de Tocantins pelo PSD, Maylla do Alto Lindo, de 25 anos, gastou R$ 169 mil durante as eleições deste ano, mas obteve apenas 10 votos. Ou seja, cada voto custou, em média, R$ 16,9 mil.

Ela recebeu R$ 101,5 mil do Fundão. Ainda não está claro, contudo, qual a origem dos outros R$ 69 mil gastos no decorrer da campanha, uma vez que ela declarou não ter bens.

Entre as despesas contratadas, R$ 46,4 mil foram destinados a Wanderson José Lopes Ferreira, por serviços contábeis.

Wanderson foi contador da Prefeitura de Goiatins (TO) e, em 2016, teve mandado de prisão temporário decretado pela Operação Bagration, da Polícia Federal, que investigou organização criminosa que atuava no desvio de recursos públicos no município. Ele foi apontado como arquiteto do esquema criminoso.

Maylla também contratou, por R$ 60 mil, o advogado Franklin Dias Rolins.

Franklin defende o ex-prefeito de Goiatins Vinícius Donnover Gomes, que também foi alvo da Operação Bragation.

Por BNews

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo