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Justiça concede guarda de criança a pai acusado de violência doméstica, e mãe se desespera; ASSISTA

Paula Thereza Gewehr denuncia influência política na decisão judicial que retirou sua guarda, enquanto luta por justiça e direitos maternos.

A engenheira Paula Thereza Gewehr perdeu a guarda da filha de dois anos por decisão da Justiça do Maranhão, na última quarta-feira (19). O ex-companheiro e pai da criança, o empresário João Felipe Miranda Demito, enfrenta um processo por violência doméstica. No entanto, a 3ª Vara da Comarca de Balsas concedeu a ele a guarda provisória e unilateral, alegando indícios de alienação parental por parte da mãe.

Em entrevista à CNN, Paula afirmou que a decisão judicial teria sido influenciada pelo poder político do ex-marido, filho de um ex-prefeito de Balsas, no Maranhão.

Atualmente, Paula mora em São Paulo, onde trabalha em home office para uma empresa. Durante o casamento, viveu no Maranhão e no Tocantins. “Por muito tempo fiquei em silêncio, me sentindo coagida, mas há momentos em que é preciso dar um basta. Como mãe, aceitamos ser feridas, mas jamais ficaremos caladas quando nossa filha é quem está sendo ferida. Isso dói, dói profundamente! Estão me tirando o direito de ser mãe da minha própria filha. Eu só quero viver em paz e criar minha filha da melhor forma possível. Por isso, peço Justiça. Não vou mais aceitar isso em silêncio”, declarou à emissora.

Paula também questiona o fato de uma das advogadas do ex-marido, Edmee Maria Leite Froz, ser esposa do desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, Froz Sobrinho.

O relacionamento terminou em março de 2023. Segundo Paula, a relação foi marcada por anos de abuso e violência. Em abril do mesmo ano, ela registrou um boletim de ocorrência contra João, relatando humilhações, perseguições e violência psicológica. No documento, Paula descreve que chegou a ser vigiada por um funcionário do ex-marido, que a acompanhava constantemente para escutar suas conversas.

O gabinete da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Maranhão emitiu nota de solidariedade a Paula, lamentando a batalha judicial e pedindo a reavaliação do caso: “Acreditamos na Justiça Maranhense e pugnamos pela sensibilidade dos senhores desembargadores(as) para que reavaliem este processo e possam tomar uma decisão mais justa, evitando um trauma irremediável que está prestes a acontecer.”

A defesa de João Felipe Miranda Demito também se manifestou, por meio da advogada Fabiana Castro. “Nos últimos dias, informações imprecisas têm sido divulgadas, gerando especulações sobre um caso que deve ser tratado com a seriedade que merece. Portanto, presto os devidos esclarecimentos dentro dos limites legais, preservando o sigilo processual e priorizando o melhor interesse da criança.”

Fonte: Bnews

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