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VÍDEO: Alunas de medicina zombam de jovem transplantada e vídeo viraliza

Família de Vitória Chaves da Silva denuncia estudantes por injúria após vídeo viral.

Duas alunas de medicina, Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, geraram controvérsia ao publicarem um vídeo no TikTok zombando de Vitória Chaves da Silva, uma jovem de 26 anos que passou por três transplantes de coração e um de rim. O vídeo, que foi gravado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, onde Vitória estava internada, foi rapidamente excluído após a repercussão negativa.

No vídeo, as alunas faziam insinuações de que a necessidade de múltiplos transplantes era culpa da própria paciente, insinuando que Vitória não havia seguido as orientações médicas. Uma das alunas chegou a comentar: “essa menina tá achando que tem sete vidas?” A postagem viralizou e gerou uma onda de indignação nas redes sociais, levando a família de Vitória a denunciar as responsáveis ao Ministério Público.

Em resposta ao incidente, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil está investigando o caso como injúria, mediante um inquérito policial instaurado pelo 14º Distrito Policial de Pinheiros.

A Faculdade de Medicina da USP se manifestou em nota, afirmando que as alunas não têm vínculo acadêmico com a instituição e que estavam no hospital apenas para um curso de extensão. A instituição repudiou veementemente a atitude das alunas, reafirmando seu compromisso com a ética e dignidade humana na prática médica. Para evitar futuros incidentes, a FMUSP implementará novas orientações sobre conduta ética e uso responsável das redes sociais.

O Caso de Vitória

Vitória Chaves da Silva nasceu com uma grave cardiopatia congênita chamada Anomalia de Ebstein, que afeta a válvula do coração. Ela passou por quatro procedimentos cirúrgicos ao longo de sua vida: três transplantes de coração e um transplante de rim, o primeiro realizado em 2005 e o último em 2024. Infelizmente, Vitória faleceu em fevereiro de 2025, devido a um choque séptico e insuficiência renal crônica, um ano após seu terceiro transplante de coração e dois anos após o transplante do rim, que havia sido comprometido durante o tratamento cardíaco.

Fonte: Portal Guarani

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