Um dos alvos da Operação Spare, deflagrada na última quinta-feira (25) pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra um esquema de de lavagem de dinheiro envolvendo postos de combustíveis ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o contador João Muniz Leite já cuidou da contabilidade das empresas de Fabio Luís Lula da Silva, filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A polícia realizou buscas na casa e no escritório de João Muniz Leite, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, no mesmo prédio onde empresas de Lulinha, filho do presidente, operavam.
Segundo informações, Lulinha rompeu com o contador no último ano, após Leite ser alvo da Operação Fim da Linha, que apura a atuação do PCC em empresas de ônibus da capital.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, Leite é investigado por elaborar as declarações de imposto de renda de Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, apontado como líder de uma rede de “laranjas” que envolve postos de combustíveis, casas de jogos de azar, mercado imobiliário e motéis.
O MPSP afirma que o ex-contador de Lulinha articulava para esconder o aumento patrimonial suspeito dos investigados, “não deixando dúvidas da participação ativa de João Muniz nas estratégias de lavagem de dinheiro da organização criminosa”.
A Receita Federal descobriu que Leite era parceiro de Flavinho e também responsável pelas declarações de Adriana Siqueira de Oliveira e Eduardo Silvério, outros membros do esquema. Eles também usavam nomes de terceiros e empresas de fachada para movimentar dinheiro.
Procurado pelo Metrópoles, o contador João Muniz Leite se manifestou por meio dos advogados Jorge Delmanto e Marcelo Delmanto. Em nota, a defesa informou que “a investigação não recai sobre o cliente, apesar de, por equívoco de análise de datas, o atingir.”
Fonte: Bnews
